Brasil

Governadora de Roraima quer ressarcimento dos gastos com venezuelanos

Governadora Suely Campos protocola ofício com reivindicações ao governo federal para gerenciar a entrada de imigrantes venezuelanos no estado

Rodolfo Costa , Ingrid Soares
postado em 23/08/2018 06:00
Roraima diz que não recebeu ressarcimento pelos gastos com imigrantes

O governo de Roraima protocolou, ontem, no Palácio do Planalto, um ofício no qual reiterou medidas anteriormente solicitadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) para gerenciamento da crise migratória dos venezuelanos no estado. O documento ressalta a sobrecarga com o ;excessivo e desordenado fluxo de imigrantes; e afirma que o governo federal não transferiu recursos para recompor os gastos extraordinários com serviços de educação, saúde e segurança pública.

Baseada nisso, a governadora Suely Campos (PP) cobra o imediato ressarcimento de R$ 184 milhões para cobrir os gastos nas áreas. Pede também a instalação de um hospital de campanha em Boa Vista, a doação de ambulâncias para o Corpo de Bombeiros e de viaturas para as polícias Militar e Civil, assim como a doação de um escâner veicular capaz de identificar a existência de drogas e armas no interior dos veículos que cruzam os dois países.

A governadora adicionou um novo pedido: a edição da medida provisória que regulamenta o Estatuto do Refugiado, com o objetivo de exigir o passaporte de estrangeiros vindos de países que não compõem o Mercosul. Um dos pedidos foi atendido pelo governo federal: a atuação da Força Nacional de Segurança, com 120 homens no estado.

Em contrapartida, após reunião da equipe técnica de ministérios com o presidente Michel Temer, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, sinalizou que o governo de Roraima não será ressarcido. ;O governo destinou R$ 187 milhões só na área da saúde para o estado e os municípios. Desse total, tem um saldo de quase R$ 70 milhões;, afirmou.

Também ontem, o governo de Roraima prorrogou por 180 dias o estado de emergência. O objetivo é captar verbas e revertê-las para os gastos com os imigrantes.

Hoje, o ministro da Segurança, Raul Jungmann, tem viagem marcada a Pacaraima. Ele pretende avaliar a situação dos venezuelanos.

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