Brasil

Uma semana após cirurgia, gêmeas siamesas de Goiânia seguem em estado grave

As bebês respiram com a ajuda de aparelhos e se alimentam por meio de dieta líquida, via sonda nasogástrica

Fernando Jordão
postado em 30/08/2018 19:13
Raio-X de gêmeas siamesas nascidas em Goiânia
Uma semana depois da cirurgia de separação, as duas gêmeas siamesas nascidas em Goiânia seguem internadas no Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), na capital goiana. O estado de saúde das irmãs é grave, porém estável.

As bebês estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da unidade de saúde. Elas respiram com a ajuda de aparelhos e se alimentam por meio de dieta líquida, via sonda nasogástrica. Não há previsão de alta.

[SAIBAMAIS]As gêmeas nasceram no último dia 22, após 37 semanas de gestação e pesando 4,785 Kg. Elas estavam unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando apenas o fígado. Logo após o nascimento, ambas foram encaminhadas à UTI.
Em uma delas, foi diagnosticada uma cardiopatia cianogênica grave. Por isso, a cirurgia de separação foi feita de forma emergencial, um dia depois do nascimento. O procedimento durou cerca de 4h30, contou com a participação de 15 profissionais e foi considerado exitoso pela equipe médica.

A mãe das crianças, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, recebeu alta na última segunda-feira (27/8). A mulher precisou viajar de Salvador (BA) para Goiânia para fazer o parto. Isso porque, de acordo com o próprio HMI, a unidade é a única do Sistema Único de Saúde (SUS) apta a realizar a cirurgia de separação no país.

Esta foi a 18; cirgurgia do tipo realizada no hospital goiano. A primeira aconteceu em 2000, com as gêmeas Larissa e Lorrayne, que eram unidas pelo abdômen e pela pelve e compartilhavam diversos órgãos, entre eles os rins e o estômago. Também segundo o HMI, a literatura médica indica que um em cada cinco gêmeos siameses sobreviem ao procedimento de separação. Na unidade, o índice chega a 50%.

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