O prédio do Museu Nacional, que sofre um incêndio na noite deste domingo (2), não corre risco de desabar, afirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Roberto Robadey. Segundo ele, as paredes externas do prédio são bastante grossas e, embora muito antigas, resistiram ao fogo. "Algumas partes internas desabaram", afirmou.
O comandante dos bombeiros contou também que os dois hidrantes existentes ao redor do imóvel não funcionaram, por isso o combate ao fogo começou com atraso. "Tivemos que acionar a Cedae (companhia estadual de água e esgoto), que nos forneceu água. Agora tenho a certeza de que não faltará água, mas no início realmente tivemos problema", afirmou.
Segundo Robadey, o prédio não tinha um sistema adequado de proteção contra incêndios. A legislação que exige esse tipo de estrutura é de 1976, quando o prédio já tinha mais de cem anos. Conforme o comandante dos bombeiros, há cerca de um mês representantes do museu procuraram os bombeiros para tratar da instalação de um sistema de proteção contra incêndios.
Funcionários do museu e bombeiros conseguiram salvar uma parte do acervo, retirado antes de ser atingida pelo fogo. Uma das partes salvas foi a coleção de tipos de malacologia (ramo da zoologia que estuda os moluscos). O comandante disse que outras partes também foram preservadas, mas às 23h45 o incêndio ainda não estava controlado e não era possível fazer uma avaliação definitiva.