Brasil

Coordenador da Receita ressalta medidas para combater o contrabando

Segundo Cazella, o ano de 2017 obteve o melhor resultado dos últimos nove anos com apreensão de mercadorias em 2,3 bilhões de reais

Ingrid Soares
postado em 04/09/2018 11:06
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Durante o ;Correio Debate 10 medidas contra o mercado ilegal: os 3 Poderes unidos contra o Crime Organizado;, o Coordenador Geral de Combate ao Contrabando e ao Descaminho da Receita Federal, Arthur Cezar Rocha Cazella ressaltou a atuação da pasta no combate a crimes como o contrabando de cigarros, pirataria, descaminho, lavagem de dinheiro e tráfico internacional. Ele ressaltou três medidas essenciais para o enfrentamento dos atos.

;Integração, inteligência e gestão de risco. O Brasil tem quase 17 mil km de fronteira terrestre e poucos servidores para cuidar de toda a extensão. Em 2017, assinamos convênio com a Marinha, Aeronáutica e em 2018 também com a ANTT para auxiliar no controle por terra. Atuamos com um Centro no Rio que solta alerta de possíveis fraudes e movimentação de cargas marítimas e aérea e também investimos em novos sistemas de vigilância;, ressaltou.

Segundo Cazella, o ano de 2017 obteve o melhor resultado dos últimos nove anos com apreensão de mercadorias em 2,3 bilhões de reais.

Sobre a apreensão de cigarros, houve um aumento de 85% da apreensão de 2013 até hoje. ;Em 2017, foram 222 milhões de maços apreendidos. De janeiro a junho, apreendemos 130 milhões. Tudo indica que bateremos recorde de apreensão este ano. É importante a operação conjunta da Polícia Rodoviária Federal e da Receita. O Brasil inteiro tem que se unir contra esse problema;, observa.

Outro dado apontado por ele foi o aumento da apreensão de drogas de 131%, de 2016 para 2017. Em 2016, foram apreendidos 20.574,15 quilos de drogas como maconha, cocaína e crack. No ano passado, foram 47.555,31 quilos. ;A oferta de drogas está cada vez maior na Europa;, ressaltou.
Durante o debate do primeiro painel, Cazella afirmou que o contrabando de cigarro é um dos maiores problemas enfrentados . "Quem consome o cigarro contrabandeado são pessoas com menos renda. E o país não tem controle nenhum em nível sanitário sobre esses produtos e dos ingredientes utilizados. Logo, a população vai adoecer mais e sem condições de adquirir um plano de saúde, vão bater na porta do Sus. Isso causa um prejuízo tanto de tributos quanto para a saúde pública, os custos para esse último serão ainda maiores", finalizou.

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