Agência Estado
postado em 06/09/2018 15:47
Dois homens foram presos pela Polícia Civil na noite desta quarta-feira, 5, em Rio Claro, interior de São Paulo, suspeitos de terem participado, durante a madrugada, de um ataque a agências bancárias, em Bauru, também no interior. Na ação, os criminosos explodiram uma agência da Caixa Econômica Federal e atacaram com tiros outros dois bancos. Os suspeitos foram abordados por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) numa casa do Jardim Floridiana, onde teria sido instalada uma base operacional da quadrilha.
Com os dois homens detidos, de 69 e 44 anos respectivamente, que não tiveram as identidades divulgadas, foram encontrados R$ 45 mil em dinheiro, um fuzil, munições, explosivos e espoletas para detonação. Dois carros supostamente usados no roubo em Bauru também foram apreendidos. Diante das apreensões, os suspeitos acabaram admitindo a participação no roubo, segundo a Polícia Civil. Um deles confessou ter feito o levantamento das agências daquela cidade durante o planejamento do assalto.
Ainda conforme a polícia, eles eram monitorados por suspeita de participação em roubos de cargas.
A investigação notou semelhanças entre os veículos usados no assalto e os carros que a quadrilha empregava na abordagem aos caminhões com cargas de alto valor. Os suspeitos foram autuados por porte ilegal de arma e munição, roubo e organização criminosa. Eles passariam por audiência de custódia nesta quinta-feira. A polícia vai pedir a prisão preventiva.
No ataque em Bauru, cerca de vinte criminosos incendiaram um carro e, após explodir e assaltar a agência da Caixa, atiraram contra outros dois bancos e travaram intenso tiroteio com a polícia. Cápsulas recolhidas após o confronto indicam que a quadrilha tinha fuzil ponto 50, arma capaz de derrubar um helicóptero. Até um drone foi usado pelos bandidos. Após a ação, os policiais localizaram nove carros, a maioria blindados, que teriam sido usados pelo bando. Em três deles, a polícia recuperou US$ 900 mil, R$ 167 mil e pedras preciosas que teriam sido roubados do banco.