Brasil

Primeiro médico de Brasília, Edson Porto, morre aos 86 anos

O velório será realizado por volta das 12h, e o sepultamento às 17h, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Norte.

Deborah Fortuna
postado em 18/09/2018 11:07
Foto do primeiro médico de Brasília, Edson Porto, em frente ao Catetinho, durante a construção de Brasília


O primeiro médico a se instalar em Brasília, durante a construção da capital federal, Edson Porto, morreu aos 86 anos na madrugada desta terça-feira (18/9), vítima de um câncer fulminante, descoberto há apenas três semanas. O velório será realizado por volta das 12h, e o sepultamento às 17h, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Norte.
"Meu pai, Edson Porto, é um exemplo de dedicação e competência que sempre guiará meus passos. Sempre fez tudo com bom humor e leveza, atendendo a todas as pessoas com amor. Sua história de vida, a superação e a sua maneira de enxergar as coisas e as pessoas foram as melhores marcas. O jeito TorEdson de ser, como sempre bricamos. Nunca esqueceremos os seus exemplos", disse Mauro Porto, filho caçula.
Mineiro, Edson foi para o Rio de Janeiro estudar medicina. Depois de formado, mudou-se para Goiânia, cidade nova e começou a trabalhar no Hospital Rassi como pediatra. Quando as obras de Brasília começaram, o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriais (IAPI), em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), fechou um convênio com o hospital para para prestar assistência médica aos operários.
Edson chegou em Brasília em 1956, aos 25 anos, a convite do presidente Juscelino Kubitschek para atender os doentes da capital federal. Ele deveria administrar um posto de saúde até que fosse inaugurado o primeiro hospital da região chamado de Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Em um posto médico de madeira, em meio a um acampamento de 60 operários para realizar exames médicos de admissão e atender às emergências, Edson atendeu todos na região.
Com o HJKO pronto, ele se tornou o diretor da unidade, e instalou-se oficialmente em Brasília. Trabalhou sempre como pediatra e aposentou-se aos 60 anos. Apaixonado por esporte, fundou a Federação Brasiliense de Sinuca e chegou a ser violinista da Orquestra Sinfônica de Brasília. Aos 86 anos, Edson gostava de mexer no Ipad, além de adquirir uma paixão por marcenaria e pintura. Ele deixa a esposa, cinco filhos e 11 netos.

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