Otávio Augusto
postado em 25/09/2018 16:25
Identificar precocemente e tratar rapidamente o câncer aumenta a chance de sobrevida e diminui os custos do tratamento. Quando isso acontece, o doente acometido por um câncer é submetido a técnicas menos invasivas.
[SAIBAMAIS]Nesta terça-feira (25/9), durante o Correio Debate: oncologia no Brasil, inovação no tratamento e diagnóstico do câncer, Renata Oliveira dos Santos, técnica da Divisão de Detecção Precoce e da Organização de Rede de Atenção Oncológica do Instituto Nacional do Câncer, destaca a importância do rastreamento da doença.
;A detecção precoce é importante para aumentar as chances de cura, aumento sobrevida e aplicação de tratamentos menos invasivos. Isso se faz com a implementação de políticas públicas e maiores investimentos em tecnologia;, avalia. No câncer de mama, por exemplo, a detecção precoce salva 95% dos pacientes.
Ela explica que o rastreamento é necessário para pessoas que não tem sintomas da doença. O diagnóstico precoce serve para aqueles que já sofrem com algum sinal. Contudo, nem para todos os tipos de câncer há técnicas de rastreamento.
Exames de rotina são grandes aliados neste aspecto. ;Há cânceres que evoluem de forma lenta. Outros crescem de forma rápida e agressiva. Os exames de rotina são essenciais para identificar cada um deles e definir se é viável usar os sistemas de rastreamento e pesar os ricos d benefícios. Nem todo tipo de câncer é possível rastrear;, conclui.
;O medo ainda interfere no tratamento. Muita gente identifica um caroço ou sente alguma dor e esconde da família e não procura o serviço médico, retardando o diagnóstico e o tratamento. Isso pode gerar casos graves da doença. Essa é uma conduta incorreta;, alerta.
Ela ainda destaca. ;As informações devem ser seguras. Muita gente vai ao médico e já leu tudo sobre a suposta doença. A medicina deve ser baseada em evidências clínicas. O essencial é saber quais são os ricos de cada intervenção e junto com o médico definir o que é melhor. Isso deve acontecer em nível individual;, frisa.
Para a pessoa se curar, é preciso continuidade nos tratamentos. ;Não adianta ter a detecção precoce se não garantirmos o tratamento continuado. As pessoas tem que ter acesso aos exames, que ainda são um gargalo na rede pública, mas também ter assistência para a cura;, pondera.