Marília Sena*
postado em 25/09/2018 18:08
Uma das convidadas do Correio Debate desta terça-feira (25/9), a médica Polyana Medeiros, que integra a diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), apresentou no evento ; cujo tema foi "Oncologia no Brasil - Inovação no Tratamento e no Diagnóstico do Câncer" ; um trabalho que avaliou o uso de quimioterapia em teste genético. O estudo conduzido pela brasileira acaba de ser publicado no exterior pelo New England Jornal of Medicine.
[SAIBAMAIS]Na pesquisa, foram analisados 21 genes e os resultados foram promissores em até 85% das pacientes com o câncer de mama em estágio inicial, que não vão precisar de quimioterapia. "Esse dado é importante, porque a gente oferece quimioterapia só pra quem realmente precisa e diminuiu os custos do Sistema Único de Saúde", explicou.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o de mama é o segundo tipo de tumor mais comum entre as mulheres e o que mais mata. Estatísticas do INCA apontam que, a cada 100 mil mulheres, 56 apresentarão câncer de mama. A projeção para o ano de 2018 é que 59,7 mil mulheres terão câncer mamário, com 14 mil mortes em decorrência dele.
No primeiro painel do debate promovido pelo Correio, a mastologista ressaltou a importância do rastreamento precoce do câncer de mama para a cura da doença. Segundo Polyana Medeiros, a patologia é mais comum nas regiões Sul e Sudeste e intermediária na região Centro-Oeste.
A mastologista destacou ainda que as entre as medidas de prevenção primárias para o câncer estão a alimentação saudável, atividades físicas regulares e a amamentação. Já entre as secundárias, estão as medidas de prevenção, ou seja, os exames de mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética e a tomossíntese.
*Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca