Brasil

Pressão no Congresso pela liberação de mais verbas para o Museu Nacional

Um mês depois do incêndio, R$ 9 milhões já foram liberados pelo Ministério da Educação para obras emergenciais no prédio

Camilla Venosa - Especial para o Correio
postado em 02/10/2018 19:05
Incêndio que destruiu o Museu Nacional completa um mês
Um mês após o incêndio, o diretor do Museu Nacional, Alexandre Kelnner, e o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Leher, estão pleiteando junto ao Congresso Nacional uma verba que seja colocada ainda no orçamento deste ano para iniciar as obras de reconstrução do prédio que fica em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro.

[SAIBAMAIS]Segundo Wagner Martins, diretor administrativo do museu, mesmo que o dinheiro seja liberado, eles não acreditam que será suficiente para fazer a reconstrução completa, por isso, algumas outras possibilidades estão sendo colocadas em pauta. "Existe uma discussão sobre uma possível ajuda internacional, como da Unesco, mas são questões ainda muito embrionárias. O objetivo agora é conseguir uma dotação junto ao Congresso também para 2019 e que se tenha uma continuação de verba para 2020", afirma o diretor administrativo.

O Ministério da Educação liberou quase R$ 9 milhões para obras emergenciais, que começaram em 21 de setembro e devem durar 180 dias. Essas obras consistem em fazer uma cobertura e escorar paredes para garantir a segurança de todos que trabalham neste momento no museu, inclusive a Polícia Federal, que não pode acessar todas as áreas do prédio, pois ainda há o risco de desabamento em alguns locais.

Para Martins, é importante planejar com atenção o projeto de reconstrução e restauração do museu. "O prédio é tombado e, por isso, mesmo antes do incêndio, já haviam limitações para obras. Não cabe mais usar os mesmos materiais. Com a reconstrução, há uma negociação com o IPHAN para incorporar novos materiais e evitar problemas semelhantes no futuro", comenta.

Três departamentos que estavam fora do Palácio foram totalmente preservados, mas a perda de acervos foi muito grande. A parte mais frágil é aquela que sofre com a exposição ao sol e à chuva.

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