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Goleiro Bruno poderá progredir de regime e deixar a cadeia em 13 de outubro

TJMG informou que pena de Bruno foi atualizada pelo juiz de Varginha e agora defesa poderá entrar com pedido de mudança de regime, permitindo o retorno do goleiro ao futebol

Guilherme Paranaiba/Estado de Minas
postado em 04/10/2018 12:32
Goleiro chegou a assinar com o Boa Esporte, mas teve que voltar à prisão após sua liberdade ter sido revogada
O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza poderá sair do regime fechado de prisão no próximo dia 13 de outubro, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O órgão informou que houve uma atualização da pena do goleiro levando em consideração a remissão de 24 dias por conta de serviços prestados pelo goleiro na Associação de Proteção ao Condenado (Apac) de Varginha. Os 74 dias trabalhados no local significam 24 dias a menos de pena, segundo o TJMG.
A atualização da pena foi assinada pelo juiz de Varginha, Tarcísio Moreira, e agora depende de uma requisição da defesa do atleta pedindo a progressão do regime fechado para o semiaberto. O advogado de Bruno, Fábio Gama, disse que em Varginha não existe cumprimento de pena no semiaberto e por isso Bruno poderá dormir em casa, caso o pedido seja aceito. Antes, porém, o pedido da defesa deverá ser avaliado pelo Ministério Público e ratificado pelo juiz.

Ainda segundo Fábio Gama, a atualização da pena levou em consideração apenas um período de 74 dias trabalhados na Apac de Varginha, mas ainda precisam entrar na conta os serviços prestados ao Corpo de Bombeiros da cidade, ao presídio e cursos feitos pelo goleiro. "Já era para ele ter saído do regime fechado há muito tempo", afirma Gama.
O defensor de Bruno informou que, quando ele deixar a prisão, vai voltar a cumprir o contrato com o Boa Esporte, clube de Varginha, e retomar o futebol. "O contrato é de dois anos e já foram cumpridos três meses. Ele vai retomar a carreira", afirma o advogado. A reportagem ainda não conseguiu contato com a direção do Boa.

Bruno foi preso em junho de 2010 por envolvimento no desaparecimento da modelo Eliza Samudio e ficou preso até fevereiro de 2017, primeiro de forma preventiva e depois condenado pelo assassinato de Eliza, ocultação do cadáver e sequestro do filho que teve com ela, Bruninho.

Em fevereiro de 2017 ele foi colocado em liberdade pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio, mas a decisão foi revogada por outros ministros dois meses depois. Na ocasião da liberdade, assinou com o Boa Esporte. Inicialmente, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses pelos crimes, mas em setembro de 2017 a pena foi reduzida para 20 anos e nove meses.

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