A partir de agora, as operações de segurança terão de evitar os horários de maior fluxo de pessoas, como início e fim de expediente. Prédios públicos não poderão mais ser usados como bases de disparo por policiais, porque isso os transforma em alvo dos bandidos.
Outra norma proíbe os agentes de fazerem disparos de cima de helicópteros, como já aconteceu em diferentes comunidades. A decisão foi oficializada nesta quinta-feira, 4, mesmo dia em que um menino de 12 anos foi atingido de raspão por uma bala perdida dentro de uma escola municipal na Penha, zona norte, em meio a uma troca de tiros entre policiais e traficantes.
"Na minha visão, a instrução normativa vigente era boa, mas incompleta. Na edição atual, a situação fica mais definida. As responsabilidades e necessidades técnicas para utilização de helicópteros nas áreas sensíveis ficam claras para garantir a segurança da população, das equipes terrestres e dos tripulantes", afirmou, em nota, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, que baixou as novas diretrizes.
O documento da secretaria foi elaborado por ordem da juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 6.; Vara de Fazenda Pública, em ação civil pública movida pela Defensoria para pôr fim ao atual modelo de operação policial. O processo cita a incursão da Polícia Civil no Complexo da Maré, em 20 de junho deste ano, que deixou sete mortos. Um deles era o estudante Marcus Vinícius da Silva, de 14 anos, que estava uniformizado e a caminho da escola, quando foi atingido por um disparo de fuzil.