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Promotoria investiga 'competição de cachaça' de prefeitura no RN

Gincana com aguardente promovida pela prefeitura de Rafael Fernandes fazia parte das festas de aniversário da cidade a 407 quilômetros da capital Natal e terminou com dois internados na UTI

Agência Estado
postado em 25/10/2018 12:26

Reprodução de imagem de divulgação da Prefeitura O Ministério Público (MP) no Rio Grande do Norte abriu inquérito civil para apurar suposta improbidade administrativa após uma "prova de cachaça" acabar com três pessoas hospitalizadas no interior do Estado. A competição fazia parte de uma gincana promovida pela prefeitura de Rafael Fernandes - município distante 407 km da capital Natal - em comemoração ao aniversário de emancipação política da cidade.


A gincana, que também incluía uma corrida de motos para maiores de 16 anos, foi aberta no início da noite de Quinta-feira passada, dia 18. Já na madrugada da sexta, 19, quatro participantes da insólita competição da caninha deram entrada de porre no Hospital Regional de Pau dos Ferros, localizado no município vizinho.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte informou que duas das quatro pessoas internadas após a gincana foram parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Uma dessas recebeu alta hospitalar na última terça-feira, 23, enquanto outra permanece na UTI.

Responsável pela abertura do inquérito, o promotor Rodrigo Pessoa de Morais considerou que possíveis atos de improbidade administrativa podem ter sido cometidos em razão da "distribuição gratuita pela prefeitura de Rafael Fernandes de bebidas alcoólicas em praça pública (inclusive para menores)" e da "corrida de motos com adolescentes menores de 18 anos, bem como, para adultos não habilitados".

Além de oficiar o diretor do Hospital Regional de Pau dos Ferros, onde os participantes da gincana foram atendidos, o promotor determinou que o prefeito de Rafael Fernandes, Bruno Anastácio, e os secretários de Esportes, Lazer e Cultura e de Assistência Social prestem informações, demonstrando se houve uso de recursos públicos na promoção do evento, o volume dos gastos e se os recursos estavam previstos na Lei Orçamentária.

Defesa


A reportagem tentou contato com o prefeito Bruno Anastácio. O espaço está aberto para manifestação sobre o caso.

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