Murilo Fagundes*
postado em 12/11/2018 11:10
"A economia azul é a nova fronteira da economia mundial." Esta foi a análise feita pelo candidato do Brasil a Juiz no Tribunal Internacional do Direito do Mar na Organização das Nações Unidas, Rodrigo More, no simpósio Amazônia Azul, realizado pela Marinha do Brasil em parceria com o Correio, na manhã desta segunda-feira (12/11), em Brasília.
O também professor do Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) defendeu o investimento privado em áreas naturais e a contenção das políticas de subsídios nesse campo. Segundo ele, o conceito de "economia azul" é o futuro do país e se baseia em alguns pilares: uso sustentável dos oceanos, crescimento econômico, segurança alimentar, geração de empregos e preservação do meio ambiente marinho.
Na análise do especialista, a transição não será fácil para o país, mas é muito necessária. "Temos riquezas que interessam ao povo brasileiro. Temos empresas que já demonstraram capacidade em áreas altamente competitivas, como a Petrobras", assegura. E acrescenta: "Para Portugal, foi inevitável se lançar ao mar. Para o Brasil, descobrir o oceano é mais que inevitável".
Na análise do especialista, a transição não será fácil para o país, mas é muito necessária. "Temos riquezas que interessam ao povo brasileiro. Temos empresas que já demonstraram capacidade em áreas altamente competitivas, como a Petrobras", assegura. E acrescenta: "Para Portugal, foi inevitável se lançar ao mar. Para o Brasil, descobrir o oceano é mais que inevitável".
Energia e soberania
Um dos diversos campos de investimento da economia azul é a energia eólica. "Só nos próximos seis anos mais 186 parques eólicos serão instalados no Brasil. Em agosto, a Petrobras anunciou que está desenvolvendo o primeiro projeto piloto de energia eólica offshore do Brasil. É hora de investir", explica More.
Responsável por iniciar o simpósio, o Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Júnior, chefe do Estado Maior da Armada, exaltou a importância da Amazônia Azul. "Estamos observando um grande fenômeno que aconteceu na época das grandes navegações. Hoje, novamente, as grandes potências que dominam o conhecimento estão se lançando para áreas em que até agora não existe definição sobre soberania nacional", disse. "O conhecimento, mais que a força, determina a base para a razão", emendou.
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*Estagiário sob supervisão de Humberto Rezende