Agência Estado
postado em 14/11/2018 14:42
O futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse em entrevista nesta quarta-feira, 14, que a retirada do Brasil dos profissionais de saúde cubanos do programa Mais Médicos, determinado pelo governo de Cuba, será assunto a ser discutido entre o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o futuro ministro da Saúde, que acrescentou não saber quem é. "Isso não é minha área. O presidente certamente vai conversar isso com o ministro da Saúde e ele vai se posicionar em nome do governo", declarou.
O general Heleno afirmou que não tem decisão também em relação ao nome do ministro das Relações Exteriores e negou que tenha indicado o nome do embaixador Graça Lima. "Também não é a minha área. Quem decide é o presidente."
Ele repetiu ainda críticas feitas por Bolsonaro a funcionários do Itamaraty que, no exterior, contribuíram para prejudicar a imagem do Brasil e a do presidente eleito. "Esse desgaste da imagem do Brasil ficou evidente pela resenha da imprensa internacional. Isso vai se desfazer rapidamente", desabafou. "Foi um recursos absolutamente desprezível, usado por um dos lados. É injustificável, é inadmissível que autoridades brasileiras façam campanha contra o Brasil. Isso é lamentável e vai de desfazer com o tempo porque são tão infundadas porque o tempo vai se encarregar de mudar totalmente esta visão", prosseguiu.
Segundo o general Heleno, essas críticas feitas ao Brasil no exterior não foram tratadas no encontro de Bolsonaro com os embaixadores dos quatro países, que estiveram com ele na manhã desta quarta-feira, no escritório de transição.
"Foram visitas rápidas, de cortesia. Deram parabéns pela eleição e que todos estão esperando do Brasil uma postura muito proativa no cenário mundial, à altura das nossas tradições. Nós temos um Ministério das Relações Exteriores que sempre foram um orgulho nosso e que precisa retomar essa relevância em relação ao País", disse ele ao comentar o encontro com os representantes do Reino Unido, do Chile, da França e dos Emirados Árabes.
A entrevista do general Augusto Heleno foi concedida no Centro Internacional de Convenções, onde Bolsonaro participou de reunião com governadores.