Agência Estado
postado em 19/11/2018 10:56
O selante, ou cola, de fibrina resulta da união de enzimas do veneno de cascavel com o fibrinogênio de sangue de búfalos. A ideia original do remédio previa usar sangue humano, mas foi abortada com o auge da epidemia de aids nos anos 1990. A alternativa foi o búfalo. A Unesp chegou a ter uma pequena produção, mas problemas de armazenamento adiaram a pesquisa.
No início desta década, um produtor agrícola da região de Botucatu, Aristides Pavan, resolveu ajudar. "Minha mãe sofreu com isso (feridas que não cicatrizavam) por muitos anos. Isso me tocou. Fui lá e comprei os búfalos. Hoje tenho um rebanho e mantenho isolados cerca de cem animais, que ficam à disposição dos pesquisadores."
Os produtos ainda não estão disponíveis para pacientes. A nova fase de testes deve ter início só em 2020. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.