A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem, na manhã desta sexta-feira (14/12), mandado de busca e apreensão na casa do vereador Marcelo Siciliano (PHS), na Barra da Tijuca, na zona oeste. O vereador, que estaria envolvido em grilagem de terras, é suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que completa nove meses nesta sexta-feira.
As buscas na casa do vereador foram noticiadas pela TV Globo. De acordo com reportagem da emissora, Siciliano não estava em casa no momento da chegada dos agentes. Na residência, foram aprendidos um tablet, um computador, HD e documentos. Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio Já haviam ido às ruas nesta quinta-feira (13/12), para tentar cumprir 15 mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados à morte de Marielle e Anderson.
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Defensora dos direitos de moradores de favelas, negros, mulheres e da população LGBT, Marielle levou quatro tiros na cabeça dentro de seu carro na noite de 14 de março. Ela e seu motorista saíam de um evento no Estácio, região central do Rio, quando foram executados. Foi noticiado que as câmeras de segurança da prefeitura do ponto exato onde ocorreu o crime haviam sido desligadas, mas não ocorreram maiores esclarecimentos sobre essa questão.
Quem é Marcelo Siciliano
Empresário da área de construção civil, novato na política, pouco conhecido até dos próprios colegas da Câmara e eleito com forte votação na zona oeste, um tradicional reduto das milícias. Esse é Marcello de Moraes Siciliano, de 45 anos.
No site da Câmara dos Vereadores, um vídeo apresenta o parlamentar. O vereador conta, sem disfarçar o orgulho, que teria sido indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2010 por suas ações sociais em Vargem Grande e Vargem Pequena, na zona oeste do Rio, onde mora há mais de 20 anos.
No vídeo, o vereador se apresenta como "pai de família, com cinco filhos e três netos". Diz que trilhou sua trajetória profissional sozinho, e começou a trabalhar com apenas 15 anos de idade. Aos 17, começou a comprar e vender carros.
Depois, conta, migrou para o ramo da construção civil, chegando a ser proprietário de uma empresa. "Comecei a minha vida do nada e me tornei um empresário bem-sucedido", diz no vídeo. "Faço política para ajudar as pessoas, não preciso disso para viver."