Brasil

Polícia prende três suspeitos de ameaçar atentado contra Bolsonaro

Um dos presos tem cidadania mexicana. Detenções ocorreram em Alto Paraíso (GO). As investigações policiais prosseguem, sob segredo de Justiça, para a apuração do crime de associação criminosa

Renato Souza, Otávio Augusto
postado em 03/01/2019 16:18
PM usou robô para explodir artefato em frente a santuário de Brazlândia
Três integrantes de um grupo suspeito de planejar pela internet um ataque contra o presidente Jair Bolsonaro no dia da posse. A Polícia Civil do Distrito Federal e a Polícia Federal investigam o caso.

O trio foi preso na última terça-feira (1;/1), em Alto Paraíso (GO), após operação de buscas e apreensões em sete endereços no DF, em Goiânia e em São Paulo. O caso chamou a atenção da polícia após uma mochila com explosivos ser deixada em frente do Santuário Menino Jesus, em Brazlândia, na véspera do Natal.

As investigações policiais prosseguem, sob segredo de Justiça, para a apuração do crime de associação criminosa. "A investigação está em andamento. A Polícia Civil não irá se manifestar", destacou, em nota, a corporação.

O grupo se autodenomina como Sociedade Secreta Silvestre. Em um site atribuído ao grupo, uma mensagem publicada contra o presidente Jair Bolsonaro reforçou o risco de atentado durante a posse. Um dos presos tem cidadania mexicana. O portal na internet não é atualizado desde 29 de dezembro.

"Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça. Dia 01 de Janeiro de 2019 haverá aqui em Brasília a posse presidencial, e estamos em Brasília e temos armas e mais explosivos estocados", destaca a publicação.

A Polícia Federal já havia encontrado, durante as investigações, um manual que ensinava como fabricar explosivos em um dos endereços alvos de operação. Entre os textos, havia orientações de como comprimir pólvora em recipientes de metal e criar um dispositivo de disparo. Além disso, o documento mostrava meios de tornar a explosão mais violenta, para ferir ou matar um grupo maior de pessoas.
Para o Grupo Antibombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope), o artefato tinha "considerável poder de destruição". A bomba foi feita com um cilindro de extintor de incêndio, pólvora, pregos e um relógio detonador. Para sua detonação, ruas próximas ao templo religioso tiveram de ser isoladas.

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