Subiu para 168 o número de pessoas presas e autuadas por suposta participação na onda de ataques que ocorrem na região metropolitana e no interior do Ceará desde quarta-feira (2/1). A informação foi divulgada nas redes sociais nesta terça-feira (8/1), pelo governador do Estado, Camilo Santana (PT).
[SAIBAMAIS]Do total, ao menos 20 pessoas foram detidas desde o meio-dia de segunda-feira (7/1). "Outras estão em investigação e poderão ser presas a qualquer momento. Estamos reforçando ainda mais o policiamento na capital e também no interior, com o apoio de tropas federais e estados parceiros", declarou o governador.
"Já determinei à cúpula da segurança que empregue todos os esforços necessários. Lideranças criminosas estão sendo identificadas e as transferências para presídios federais estão em curso. Não haverá tolerância com o crime."
No domingo (6/1), parte dos presos começou a ser transferida do sistema penitenciário cearense para presídios federais, após decisão do governo federal. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, disse que a onda de ataques é uma resposta à iniciativa do governo estadual de enfrentar o crime organizado dentro de presídios.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), comandado por Sérgio Moro, também decidiu enviar reforço da Força Nacional, para atuar na repressão à onda de crimes. Já havia 330 homens no local desde sábado (5/1), e o número será ampliado para 406, além de um total de 96 viaturas.
Pelos dados do MJSP, houve 144 ataques entre a quarta-feira (2/1), e o domingo (6/1), na capital Fortaleza, na região metropolitana e no interior do Estado. Números da segunda-feira não foram informados pelo ministério, mas o governo estadual registrava pelo menos 21 ataques até o meio da tarde.