Otávio Augusto
postado em 11/01/2019 06:00
A menos de um mês de expirar o prazo que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) deu ao Brasil para frear o contágio pelo sarampo, o país ainda enfrenta uma severa transmissão da doença. O balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra que a enfermidade avança menos, mas não foi contida. Ao todo, 10.274 pessoas adoeceram. Houve 12 mortes em quatro unidades da Federação.
A situação mais crítica é a do Amazonas, com 9.778 casos confirmados e seis mortos. Em Roraima, onde o surto começou, houve 349 contaminações. DF, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Pará e Sergipe notificaram, juntos, 141 adoecimentos.
Mais de 15 milhões de doses da vacina foram distribuídas. A imunização precária foi o principal fator por trás do pior surto de sarampo em 20 anos no país. Os primeiros doentes, foragidos da Venezuela, disseminam o vírus desde 2017, e a situação saiu de controle. Em outubro, a Opas avisou que até fevereiro deste ano o Ministério da Saúde deveria diminuir as infecções, sob risco de perder o certificado de eliminação da doença, obtido em 2016.