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Polícia prende dois suspeitos de decapitar e enterrar homem em Goiânia

Desde o início do ano, três pessoas tiveram o membro decepado na cidade. A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) está à frente dos casos

Otávio Augusto
postado em 24/01/2019 18:45
Corpo foi encontrado pela Guarda Civil Metropolitana de Goiânia na última terça-feira
A Polícia Civil do estado de Goiás prendeu, na madrugada desta quinta-feira (24/1), um suspeito e apreendeu um adolescente, acusados de matar e enterrar um homem, em Goiânia. Os jovens, de 19 e 15 anos, teriam confessado o homicídio e mostrado onde a cabeça da vítima havia sido enterrada. Os investitadores continuam investigando outros dois casos semelhantes. Em menos de 10 dias, três pessoas foram decapitadas na capital goiana. A principal suspeita é de ação de facções criminosas.

Os dois estão detidos na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH). Lá, ambos teriam contado a motivaão do crime. Segundo os investigadores, os suspeitos mataram a vítima porque ela teria ameaçado o adolescente. Depois, eles teriam "se inspirado" em outros dois casos de decapitação que ocorreram nos últimos dias em Goiânia e na região metropolitana.

A dupla foi presa um dia após a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia encontrar o corpo parcialmente enterrado em um terreno baldio no Conjunto Primavera, periferia de Goiânia. Os guardas chegaram ao local durante as buscas por uma pessoa que está desaparecida.

Desde os primeiros dias de 2019, a polícia goiana tenta descobrir o que motivou e quem teria decapitado duas pessoas na cidade. Apesar de afirmarem que a apuração está avançada, as autoridades de segurança pública não comentam o caso. A principal suspeita é de que facções criminosas, comandadas, inclusive, de dentro de presídios sejam responsáveis pelos casos.


Relembre

A primeira cabeça foi encontrada em 13 de janeiro, próximo a um shopping, com a inscrição "TD2" na testa. Segundo a polícia, a sigla é utilizada pelo crime organizado e significa "tudo dois", uma expressão para "tudo em paz". O Instituto de Medicina Legal (IML) de Goiânia ainda não identificou a cabeça, apesar do reconhecimento visual de familiares. A família da vítima já luta na Justiça para poder enterrar as partes do corpo, mesmo sem o laudo do IML.

Durante um princípio de rebelião na cadeia de Jaraguá, distante 120km de Goiânia, presos gritaram a gíria que foi marcada na cabeça achada no começo do mês. Os presos gravaram um vídeo de dentro de uma ala do presídio, na noite da última terça-feira. Eles gesticulavam símbolos da facção Comando Vermelho e, com camisetas enroladas para esconder os rostos, repetiam "tudo dois".

Na última segunda-feira (21/1), um corpo decapitado estava em Hidrolândia, na Região Metropolitana da capital goiana. A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) está encarregada de esclarecer os fatos. Os delegados Rogério Bicalho, Myriam Vidal e Rômulo Figueredo comandam as apurações. Ainda não é possível afirmar, segundo os investigadores, que os doi casos tenham ligação.

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