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Juíza cita 'delitos na clandestinidade' para decretar prisão de engenheiros

A magistrada salientou que a detenção dos envolvidos era 'imprescindível' para as investigações. Cinco pessoas foram presas, sendo dois engenheiros e três funcionários da Vale

. Segundo as investigações, os funcionários atestaram o laudo da barragem que se rompeu. Eles deram parecer dizendo que a estrutura não apresentava risco de rompimento.

Foram presos, durante a operação em Minas Gerais, César Augusto Paulino Grandshamp, Ricardo Oliveira, e Rodrigo Arthur Gomes de Melo, que seriam funcionários da Vale. Em São Paulo, foram presos dois engenheiros: André Jumyassuda e Makoto Mamba. Documentos, computadores e celulares foram apreendidos nos imóveis.

De acordo com o Ministério Público, André, Cesar e Makoto, informaram em documentos recentes que as estruturas das barragens se encontravam em consonância com as normas de segurança.

Por sua vez, Ricardo e Rodrigo, respectivamente, gerente de meio ambiente, saúde e segurança e gerente executivo operacional responsável pelo complexo minerário, eram diretamente responsáveis pelo regular licenciamento e funcionamento das estruturas das barragens.

Policiais militares que participaram das prisões dos três alvos em Minas, uma em Nova Lima e duas em BH, disseram que os três estavam em casa e não houve resistência. A partir de agora, os presos estão sob responsabilidade do Ministério Publico.

Por meio de nota, a Vale afirmou que está colaborando ;plenamente com as autoridades;. ; A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas;, completou.