Em entrevista à Rádio Eldorado, nesta quarta-feira (30/1), o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, disse que ainda está cedo para determinar uma data limite para o encerramento das buscas por vítimas do rompimento da Barragem 1, na última sexta-feira (25/1), na Mina do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.
[SAIBAMAIS]De acordo com o tenente, o avanço na decomposição dos corpos pode fazer com que a operação de resgate seja encerrada, mas, segundo ele, ainda não é a hora. "Evidentemente chega um momento que pelo estado de decomposição dos corpos com a lama fica impossível encontrá-los, mas isso está associado a uma série de variáveis".
Aihara também explicou que o tempo de decomposição dos corpos varia de acordo com o estado em que eles se encontram, se estão diretamente na lama ou envoltos em alguma estrutura como, por exemplo, um ônibus.
"Nesse momento, que não é agora, essa operação tem que ser analisada, se ela tem que ser encerrada. Nesse tipo de tragédia a gente não trabalha com recuperação de 100% dos corpos. Embora seja o desejo, isso é impossibilitado pelas características físicas da situação".
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Até a manhã desta quarta-feira (30/1), . Desde o último sábado (26/1), um dia após a tragédia, não foi encontrada mais nenhuma pessoa com vida em meio à lama.
O tenente também afirmou que, embora seja remota a possibilidade de encontrar sobreviventes, o Corpo de Bombeiros trabalha com "esperança infinita e considerando todas as possibilidades".
Para isso, a corporação age em conjunto com as forças militares de Israel, que chegaram a Brumadinho no domingo (27/1). Segundo Aihara, as equipes estão coordenadas e o efetivo israelense concentra a sua ação na área próxima ao refeitório da Vale, onde centenas de pessoas almoçavam quando a barragem se rompeu.
Até o momento, estão envolvidos na operação 280 bombeiros, sendo 220 de Minas Gerais e o . O tenente também declarou que reforços de agentes, cães e apoio aéreo de outros Estados chegarão nesta quarta-feira a Brumadinho.