O presidente do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas, Marcus Vinícius Polignano, disse nesta quarta-feira (30/1) que o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), não deve ser classificado como tragédia, mas como um dos maiores crimes ambientais já registrados no estado.
;Queremos dizer aqui da responsabilidade de todos: empresa, estado, poder político. Depois de três anos [desde o rompimento de outra barragem, em Mariana], estamos aqui falando o mesmo do mesmo, ouvindo declarações quase que as mesmas, para dizer de uma situação em que estamos enterrando rios e pessoas. Isso é inadmissível, que continuemos a fazer esse tipo de política pública.;
Durante coletiva de imprensa, Polignano informou que está sendo criado, junto ao Fórum Nacional do Comitê de Bacias Hidrográficas e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, um gabinete de crise da sociedade civil para acompanhar os desdobramentos em Brumadinho. Ele reforçou que não há qualquer empreendimento econômico que justifique ;a perda da vida, da biodiversidade, da cultura e da esperança;.
;Mais do que declarações, precisamos efetivamente que os poderes públicos, do nível estadual e federal, tomem definitivamente atitudes, porque não aguentamos mais enterrar mortos, enterrar feridos, enterrar biodiversidade, enterrar rios;, concluiu.
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