Bernardo Bittar
postado em 04/02/2019 15:13
Duas frentes parlamentares disputam a paternidade de um projeto para investigar a tragédia de Brumadinho (MG) no Congresso. A primeira, força-tarefa entre o PSDB, MDB, PRB, PSL e PR, pede a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). A segunda, de autoria da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), pede uma CPI -- Comissão Parlamentar de Inquérito.
[SAIBAMAIS]A CPMI prevê um trabalho conjunto entre senadores e deputados. A CPI, por sua vez, só demanda trabalho na Câmara (ou no Senado). Para instaurar a CPI de Brumadinho, Joice reuniu "mais de 200 assinaturas". A parlamentar está desde às 8h de manhã na fila para protocolar o documento que "requer a criação de CPI com finalidade de investigar as causas do rompimento de barragem de mineração de Mina Córrego do Feijão".
Para autorizar a CPI, é necessário ter 171 assinaturas. A frente suprapartidária, garante ter ao menos 80. E quer continuar tentando emplacar a ideia até a próxima sexta. "Os parlamentares mineiros tiveram essa ideia e, agora, todos estão colaborando. É muito importante que o assunto não seja esquecido", diz o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG).
No primeiro dia oficial de mandato, deputados federais enfrentam horas de fila para protocolar os projetos na Câmara. Entre os primeiros estão Kim Kataguiri (PSL-SP) e a própria Joice. Madrugar na fila é uma tática para acelerar a implementação de ideias que são disputadas por várias frentes, como a própria CPI de Brumadinho.