Larissa Ricci/Estado de Minas
postado em 07/02/2019 16:43
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves visitou o distrito de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira. Em entrevista, prometeu ser dura com as empresas de mineração. A ministra disse, ainda, que o processo de licenciamento das empresas mineradoras será mais rigoroso.
;O Ministério dos Direitos Humanos está aqui desde o primeiro dia. Nós não vamos deixá-los quietos. Vamos acompanhar tudo que está sendo feito pela Vale. Além de cobrar as medidas;, pontuou a ministra. ;O maior direito já foi violado, que é o direito à vida. Mas, agora, o desdobramento disso. Estamos diante de uma tragédia complexa;, acrescentou.
De acordo com a ministra, o governo vem acompanhando os desdobramentos da tragédia de Brumadinho e irá cobrar dos responsáveis. ;Estamos sendo duros com a Vale. Que isso fique bem claro. O Governo Federal está acompanhando de perto os desdobramentos e as cobranças serão feitas de forma muito transparente.;
No fim da tarde, ela fará uma visita aos indígenas que vivem na região do Rio Paraopeba. ;O Ministério tem que se antecipar as catástrofes. O Ministério está com uma nova pasta para uma coordenação geral de pessoas em situação de risco;, explicou o secretário de Direitos Humanos do Governo Federal, Sérgio Queiroz.
;Análises serão feitas nos dam breaks - áreas potencialmente devastadas em caso de rompimento de barragens. Portanto, o Ministério dos Direitos Humanos vai começar a listar as principais barragens em risco no Brasil, analisar essas áreas que seriam dam breaks e fazer a antecipação de quadro catastróficos;, explicou o secretário. Serão feitas recomendações às empresas dessas barragens, segundo ele.
O secretário explica que o dam break é uma condição prévia ao licenciamento ambiental. ;Toda a barragem há por gravidade escoamento de resíduos ou de água que apresentado previamente. Não deve liberação sem percepção do dam break. A nossa preocupação analisando um caso como esse, onde havia a estrutura administrativa estava no caminho de fluxo será inadmissível;, completou.
Também serão requeridos engenheiros de barragem para trabalhar no Ministério de Direitos Humanos de forma preventiva para não ocorrer o que aconteceu em Brumadinho.