Brasil

Miriam Leitão sobre Boechat: 'Não é uma pessoa que pode ser substituída'

Profissional conta que a solidariedade e o profissionalismo marcaram a vida de Ricardo Boechat

Renato Souza
postado em 11/02/2019 20:42
Profissional conta que a solidariedade e o profissionalismo marcaram a vida de Ricardo Boechat

Em uma amizade de décadas, a jornalista Miriam Leitão aprendeu a admirar e entender a irreverência do colega de profissão, Ricardo Boechat, que morreu nesta segunda-feira (11/2), aos 66 anos, em São Paulo, em decorrência da queda do helicóptero que o levava. Atual comentarista de economia do Grupo Globo trabalhou com Boechat nas redações de veículos como Jornal do Brasil e O Globo.
[FOTO1333932]

[SAIBAMAIS]Miriam Leitão se emociona ao lembrar momentos marcantes de uma amizade que durou décadas. ;Me lembro que ele tinha um humor muito forte. Ele chegava de manhã na redação gritando ;bala perdida, bala perdida;, e jogava balinhas na mesa de todo mundo. A característica mais forte pra mim era a generosidade, a capacidade de pensar no outro;, disse.

Miriam disse que ficou em choque ao receber a notícia da morte e precisou reunir forças para falar sobre o legado do amigo, ;Eu, particularmente, estou com uma sensação de perda muito grande. Eu tive que passar por cima do meu choro para transmitir quem foi ele;, completou.

Para Miriam, Boechat deixa um legado para o jornalismo e para a sociedade, tanto na maneira como levou sua vida pessoal quanto a forma como atraiu milhões de admiradores ao se comunicar por meio dos veículos em que trabalhou. "Ele é único. Não é uma pessoa que possa ser substituída. Isso não é um cliché por ele ter morrido hoje. Ele tinha uma coragem muito grande, uma contundência ao falar. Ele criticava quaisquer lados que estivesse em uma disputa. Ele era múltiplo, bom em qualquer plataforma e mantinha a naturalidade", disse.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação