Agência Estado
postado em 14/02/2019 07:56
Durante o carnaval de rua paulistano, a Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, terá uma zona de acesso mediante revista, restrita a até 5 mil pessoas. Como em anos anteriores, serão proibidos a entrada de vendedores ambulantes e o desfile de blocos no local. O atendimento ao público será permitido só em bares e restaurantes fixos. Em toda a cidade, haverá 516 blocos de rua, entre os dias 23 de fevereiro e 10 de março, e a Prefeitura estima público de 12 milhões de foliões.
No sábado, uma festa de rua não autorizada terminou em tumulto e depredação no bairro, o que fez moradores se mobilizarem. No dia, ao menos uma pessoa foi conduzida à Polícia Civil. O desfile não tinha aval da Prefeitura. Vídeos nas redes sociais mostram correria após o lançamento de uma bomba de gás lacrimogêneo e o acúmulo de lixo na rua.
A restrição abrange o quadrilátero formado pelas Ruas Wisard, Girassol, Inácio Pereira da Rocha, Morás e Simão Álvares. Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues de Oliveira, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) está monitorando novos casos e enviará agentes para a região mesmo no fim de semana antes da programação oficial, que começa no dia 23. Outro evento está marcado para o próximo sábado no Largo da Batata, na zona oeste da capital.
Uma das medidas de segurança que serão tomadas este ano será o uso de drones, no lugar de câmeras de segurança. Em 2018, um estudante morreu eletrocutado ao encostar em um poste de monitoramento.
No total, segundo a administração municipal, haverá 516 blocos previstos para os dias 23 e 24 de fevereiro, 2, 3, 4 e 5 de março - o pós-carnaval é em 9 e 10 de março. O número representa aumento de 12,4% em relação ao ano anterior, que teve 459 blocos. "Vai ser mais um grande carnaval de rua", disse nesta quarta-feira, 13, o prefeito Bruno Covas (PSDB). "Um evento democrático, que não permite a venda de espaços reservados, e descentralizado, com desfiles em 29 das 32 subprefeituras."
A maioria dos blocos se concentra na Sé (149), em Pinheiros (102), na Vila Mariana (46) e na Lapa (37), no centro expandido. Seguindo uma tendência das edições anteriores, parte das agremiações desfilará mais de uma vez, acrescentando também opções na agenda do pré e do pós-carnaval. A quantidade de desfiles também aumentou. Estão previstos 556, em 300 trajetos, 13,2% a mais do que no ano passado (491). O público estimado é de 12 milhões para os oito dias de programação.
Neste ano, a programação não contempla a Avenida 23 de Maio, mas traz três novos trajetos de megablocos nas Avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini, zona sul, Tiradentes, no centro, e Marquês de São Vicente, na região oeste. Dentre os artistas confirmados estão as cantoras Maria Rita e Daniela Mercury e o músico Alceu Valença. Segundo a Prefeitura, há 16 megablocos previstos.
Patrocínio
O carnaval será patrocinado por uma subsidiária da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), a Arosuco, que repassou R$ 16,1 milhões à Prefeitura, responsável pela organização do evento. Na primeira tentativa de conseguir patrocínio, em janeiro, o Município não havia recebido propostas. A subsidiária da Ambev apareceu só na segunda concorrência.
Parte da verba de patrocínio também foi investida na oferta de carros de som e ambulâncias para 29 blocos de rua comunitários, com mais de três anos de experiência e público estimado de até 4 mil foliões. Secretário das Subprefeituras, Alexandre Modonezi diz que o fomento é um modo de expandir a festa para mais regiões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.