Brasil

Estupro de turista é negado por delegada no Rio; bombeiros estão afastados

A própria jovem confirmou que não houve relação sexual, e que estava sob o efeito de ecstasy quando fez a denúncia a um posto da Polícia Militar

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 01/03/2019 19:36
foto da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Após acusar oficiais do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro de estupro, a suposta vítima, uma turista da Bahia, retirou as acusações contra os militares nesta sexta-feira (1;/3). Delegada responsável pelo caso, Valéria Aragão disse que a própria jovem confirmou que não ter haviado relação sexual, e que estava sob o efeito de ecstasy quando fez a denúncia a um posto da Polícia Militar. O caso foi registrado na 12; Delegacia de Polícia, em Copacabana. Cinco bombeiros foram afastados da corporação.
A jovem que fez a denúncia viajou ao Rio de Janeiro para trabalhar como garota de programa durante o carnaval, devido à quantidade de turista na cidade nesta época do ano. Em depoimento à Polícia Civil, que durou mais de duas horas, a suposta vítima de 24 anos negou que tenha mantido relações sexuais com um dos oficiais, como havia dito anteriormente.
De acordo com o depoimento, a mulher fez uso da droga e depois foi à praia de Copacabana. Ao encontrar um oficial do bombeiro, os dois teriam trocado carícias e beijos. Consensualmente, ela teria ido ao posto onde ele estava, mas que depois de certo momento, ela teria desistido da relação. "Uma testemunha disse que viu ela descendo as escadas sozinha, calma. Tudo indica que não houve ato forçado, estupro, importunação. Nada que seja crime do ponto de vista jurídico penal", contou a delegada.
A mulher fará exames de corpo delito. "Ela ficou duas horas conversando comigo. E ela foi contundente no sentido de dizer que não se lembra de ter denunciado, mas que não houve nem sexo", explicou a delegada.
Mais cedo, a Secretaria de Estado de Polícia Militar havia informado que uma equipe de policiais foi abordada por uma turista que alegava ter sido assediada por militares do Corpo de Bombeiros. Os policiais abordaram o grupo, composto por cinco militares, e conduziram todos os envolvidos para a 12; DP.

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