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Presidente afastado da Vale apresenta atestado médico para adiar depoimento

Fabio Schvartsman enviou ofício ao Senado no qual solicita adiamento da sua presença, com base em laudo que atesta cirurgia no olho direito

Gabriel Ronan/Estado de Minas
postado em 18/03/2019 20:19
Fabio Schvartsman

Marcado para esta quinta-feira (21/3) o depoimento do presidente afastado da Vale, Fabio Schvartsman, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho, instaurada pelo Senado Federal, pode ser adiado. Ele enviou, nesta segunda-feira (18/3), um ofício à Casa Legislativa, no qual anexa um atestado médico para pedir a mudança da data. O executivo afirma ter sido submetido a uma facectomia no olho direito (cirurgia geralmente ligada à catarata) na última quinta e deve permanecer de repouso nos sete dias posteriores ao procedimento.

Schvartsman ressalta que tem a ;mais sincera disposição e interesse em prestar depoimento e colaborar com as apurações; da comissão. A comunicação oficial do ofício será feita pela presidente da CPI, Rose de Freitas, em reunião deliberativa marcada para esta terça-feira (19/3), a partir das 9h.

Além de Rose, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede/AP) e Carlos Viana (PSB/MG) foram eleitos, respectivamente, vice-presidente e relator do colegiado. Com 180 dias de funcionamento, a comissão pretende aperfeiçoar a legislação para evitar novas tragédias envolvendo barramentos.

O requerimento para a convocação de Schvartsman foi assinado por Randolfe Rodrigues e Otto Alencar (PSD-BA), outro integrante da CPI, e aprovado no dia 13 de março. A convocação dele é a primeira medida oficial adotada comissão.

Schvartsman foi designado pelo Conselho de Administração da Vale para o cargo de diretor-presidente da empresa em abril de 2017, mas está provisoriamente afastado do cargo desde 2 de março, por recomendação do Ministério Público e da Polícia Federal.

Cronograma

Ainda nesta terça, Randolfe Rodrigues deve apresentar um cronograma de trabalho da CPI. O objetivo é incluir diligências em até dez barragens que apresentam maior situação de risco. A primeira a ser visitada, por sugestão do senador, deverá ser a Casa de Pedra, em Congonhas, na Região Central do estado.

Lá, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) providencie moradias provisórias para habitantes de aproximadamente 600 casas. Cerca de 2,5 mil pessoas estão diretamente ameaçadas pela represa, uma das maiores do mundo.

Também integram a investigação sobre o rompimento da barragem Brumadinho os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Roberto Rocha (PSDB-MA), Dário Berger (MDB-SC), Márcio Bittar (MDB-AC), Jorge Kajuru (PSB-GO), Telmário Mota (Pros-RR), Jean Paul Prates (PT-RN), Wellington Fagundes (PR-MT) e Selma Arruda (PSL-MT).

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