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RJ: 'lamentavelmente, pode acontecer', diz Moro sobre 80 tiros do Exército

Ministro foi o convidado da reestreia do programa de TV. Nessa terça, na Câmara, ele também afirmou que o episódio não se encaixa na proposta de excludente de ilicitude

Benny Cohen/Estado de Minas
postado em 10/04/2019 11:00
Ministro Sérgio Moro no Conversa com Bial
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi o convidado da reestreia do programa do jornalista Pedro Bial na Rede Globo, na noite dessa terça-feira (9/4). A entrevista havia sido gravada antes do episódio no Rio de Janeiro envolvendo o Exército e o carro particular fuzilado com inocentes, que resultou na morte do motorista e músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos.

Mas Bial ligou para Moro, com o objetivo de atualizar o programa, e perguntou se o ministro conseguia se colocar na pele de uma criança de sete anos, como a que estava no veículo atingido. Moro classificou o fato como "um incidente bastante trágico".
Mas emendou que, "de imediato, o Exército começou a apurar esses fatos e tomou as providências que foram cabíveis, afastou lá parte dos envolvidos, submeteu eles à prisão". O ministro afirmou que "tem que apurar, se houve ali... os fatos vão ser esclarecidos, se houve ali um incidente injustificável de qualquer espécie, o que aparentemente foi o caso, as pessoas têm que ser punidas, lamentavelmente, esses fatos podem acontecer."

Com deputados federais

O ministro Sérgio Moro disse, em reunião nesta terça-feira (9/4), na Câmara dos Deputados, que o caso dos 80 disparos feitos por militares contra um carro no Rio não se encaixa em sua proposta de excludente de ilicitude. Ela integra o projeto anticrime que tramita no Congresso Nacional.

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