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Polícia detém mais dois suspeitos de participar de massacre em Suzano

Segundo a Polícia Civil, Tathiano Oliveira de Queiroz e Adeilton Pereira dos Santos são suspeitos de fornecerem armas usadas na tragédia que causou a morte de 10 pessoas

Ingrid Soares
postado em 12/04/2019 06:00
Escola Raul Brasil, em Suzano
Mais dois suspeitos de envolvimento no massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), foram detidos na manhã de ontem. O pedido de prisão temporária foi solicitado pelo Ministério Público de São Paulo em conjunto com a Polícia Civil. O processo e as investigações sobre a tragédia são mantidos sob sigilo.O caso completa um mês amanhã.

Segundo a Polícia Civil, Tathiano Oliveira de Queiroz e Adeilton Pereira dos Santos são suspeitos de fornecerem armas usadas na tragédia que causou a morte de 10 pessoas, incluindo os agressores. Contando com o mecânico Cristiano Cardias de Souza, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça na última quarta-feira e deve responder por homicídio com dolo eventual, três pessoas foram presas até o momento e um menor apreendido.

Na manhã do dia 13 de março, cinco estudantes e duas funcionárias da escola foram mortos por dois ex-alunos da instituição. Onze estudantes ficaram feridos, mas já receberam alta hospitalar. O tio de um dos atiradores também foi morto em uma loja de carros. Os agressores, um de 17 anos e outro de 25, moravam na mesma rua em Suzano, e eram amigos.

No ataque à escola, além da arma de fogo, foram utilizados um machado e uma besta. Em cadernos apreendidos pela polícia, um dos assassinos desenhou armas e homens encapuzados e escreveu palavras de ódio, além de anotações que trazem as ;regras do jogo;, em referência a táticas de games.

Avaliação

Ainda ontem, os onze sobreviventes do ataque passaram por uma avaliação física e psiquiátrica em uma Unidade Básica de Saúde por meio de convênio entre a Defensoria Pública, o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc). Os laudos serão usados nos procedimentos extrajudiciais. Os critérios para pagamento das indenizações foram publicados em um decreto no último sábado. O documento prevê que as indenizações sejam individualizadas. Os valores não foram divulgados.

Segundo o texto, as vítimas ou familiares terão prazo de 60 dias para apresentar documentos e definir se vão ou não aceitar a proposta do Estado. Depois será feita a liquidação, que é o cálculo para cada familiar com direito. O pagamento será em no máximo 30 dias. Os que aceitarem não poderão entrar com ações na Justiça posteriormente.

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