Brasil

Fórum Nacional de Políticas de Saúde em Oncologia começa amanhã em Brasília

Quem não conseguiu se cadastrar, pode assistir às palestras pelas redes sociais do Instituto Oncoguia. Evento abordará políticas públicas e soluções para melhorar o tratamento contra o câncer

Luiz Calcagno
postado em 15/04/2019 14:34

Luciana Holt: riscos de o câncer se tornar uma epidemia

O ano de 2019 contará, no Brasil com 634 mil novos casos de câncer. Com o envelhecimento da população, há, ainda, o risco de uma epidemia do mal, que sobrecarregará um sistema de saúde ainda inadequado para enfrentar o problema. Para antecipar problemas, fortalecer a saúde pública e se preparar para o cenário. O IX Fórum Nacional de Políticas de Saúde em Oncologia propõe política para combater a doença.

O evento acontece nesta terça (16/4) e quarta (17) no Brasil 21 Cultural, de 8h às 18h45. O cadastramento acabou na última quinta (11), mas as palestras e apresentações serão transmitidas pelas redes sociais da organização não governamental (ONG) Instituto Oncoguia, responsável pelo evento.

A diretora executiva do instituto, a psicóloga, psico-oncologista e especialista em bioética Luciana Holtz explica que o evento foi pensado para acompanhar os desafios dos pacientes e familiares durante toda a jornada na luta contra o Câncer. Especialistas de várias áreas trarão e trocarão informações sobre cada etapa, o que há de disponível para quem enfrenta a doença e o que o governo precisa melhorar.

;O que tem de mais importante é que conseguimos reunir especialistas de diferentes áreas, que trazem para o público a oportunidade de ter muito conhecimento, saber os principais problemas. É uma oportunidade para quem trabalha na causa para aprender, e sair de lá com deveres de casa, propostas e sugestões para o melhorar o cenário da oncologia no Brasil;, explica Luciana Holtz.

Segundo Luciana, o cenário da oncologia no país não tem acompanhado o avanço da doença. O Câncer ainda não é prioridade nacional na saúde. A descontinuidade de trabalhos, problema de várias gestões, é um dos desafios a serem enfrentados. A diretora executiva cita até mesmo a mudança de vários ministros da Saúde no correr dos últimos anos.

;Decisões precisam ser tomadas. A prioridade seria garantir diagnóstico precoce, para salva vidas. Precisamos falar de estratégias de prevenção, como acesso a colonoscopia e outros exames, A lista (de prioridades do governo) existe, mas não vemos ser colocadas em prática. É preciso ter o tratamento certo para paciente certo no tempo, certo. Não podemos mais generalizar (tratamentos);, alerta.

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