O ano de 2019 contará, no Brasil com 634 mil novos casos de câncer. Com o envelhecimento da população, há, ainda, o risco de uma epidemia do mal, que sobrecarregará um sistema de saúde ainda inadequado para enfrentar o problema. Para antecipar problemas, fortalecer a saúde pública e se preparar para o cenário. O IX Fórum Nacional de Políticas de Saúde em Oncologia propõe política para combater a doença.
O evento acontece nesta terça (16/4) e quarta (17) no Brasil 21 Cultural, de 8h às 18h45. O cadastramento acabou na última quinta (11), mas as palestras e apresentações serão transmitidas pelas redes sociais da organização não governamental (ONG) Instituto Oncoguia, responsável pelo evento.
A diretora executiva do instituto, a psicóloga, psico-oncologista e especialista em bioética Luciana Holtz explica que o evento foi pensado para acompanhar os desafios dos pacientes e familiares durante toda a jornada na luta contra o Câncer. Especialistas de várias áreas trarão e trocarão informações sobre cada etapa, o que há de disponível para quem enfrenta a doença e o que o governo precisa melhorar.
;O que tem de mais importante é que conseguimos reunir especialistas de diferentes áreas, que trazem para o público a oportunidade de ter muito conhecimento, saber os principais problemas. É uma oportunidade para quem trabalha na causa para aprender, e sair de lá com deveres de casa, propostas e sugestões para o melhorar o cenário da oncologia no Brasil;, explica Luciana Holtz.
Segundo Luciana, o cenário da oncologia no país não tem acompanhado o avanço da doença. O Câncer ainda não é prioridade nacional na saúde. A descontinuidade de trabalhos, problema de várias gestões, é um dos desafios a serem enfrentados. A diretora executiva cita até mesmo a mudança de vários ministros da Saúde no correr dos últimos anos.
;Decisões precisam ser tomadas. A prioridade seria garantir diagnóstico precoce, para salva vidas. Precisamos falar de estratégias de prevenção, como acesso a colonoscopia e outros exames, A lista (de prioridades do governo) existe, mas não vemos ser colocadas em prática. É preciso ter o tratamento certo para paciente certo no tempo, certo. Não podemos mais generalizar (tratamentos);, alerta.