Agência Estado
postado em 16/04/2019 21:54
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira, 16, cinco mandados de busca e apreensão dentro das investigações que apuram as causas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, ocorrido em 25 de janeiro, provocando a morte de 229 pessoas. Outras 48 estão desaparecidas. Os mandados, expedidos pela Vara da Justiça Federal em Minas Gerais, foram cumpridos em Belo Horizonte (2), São Paulo (1), Rio de Janeiro (1) e Nova Lima (1), na Região Metropolitana da capital mineira. O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, foi alvo pela primeira vez desde que as investigações começaram. Sua casa em São Paulo foi um dos endereços visitados pela PF.
A PF não informou os alvos das buscas e apreensões. Em comunicado, a corporação afirma que "as medidas visam a apreender documentos, mídias e outros elementos de convicção que guardem relação aos fatos apurados". Desde o início das investigações 13 investigados chegaram a ser presos, duas vezes, pela força-tarefa que investiga o a queda da barragem, formada pela Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Federal. Todos foram soltos por habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Do grupo preso, 11 eram funcionários da Vale diretamente envolvidos com a segurança da barragem em Brumadinho e dois eram consultores da empresa alemã Tüv Süd, que atestaram a segurança da estrutura.
Nesta segunda-feira, 15, em depoimento à CPI aberta pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre o a tragédia em Brumadinho, o chefe de Segurança de Barragens de Mineração da Agência Nacional de Mineração (ANM) em Minas, Wagner Araújo Nascimento, disse que o número de fiscais do setor no estado deverá aumentar de três para oito até meados de maio. Minas abriga o maior número de barragens consideradas como de alta capacidade de dano no Brasil, cerca de 130.