Beatriz Roscoe*
postado em 24/04/2019 06:00
[FOTO1]Profissionais da saúde discutem novos modelos de saúde suplementar em evento da FenaSaúde em São Paulo. A principal proposta é a expansão da Atenção Primária à Saúde.
De acordo com o presidente da FenaSaúde João Alceu Lima, o modelo atual de saúde é fragmentado. ;A proposta agora é de saúde integral;. De acordo com o Dr. Gustavo Gusso, professor de Clínica Geral e Propedêutica da Universidade de São Paulo, a atenção básica se resume em quatro pilares: acesso, coordenação, longitudinalidade e cuidado abrangente.
;A Atenção Primária à Saúde não significa somente ter um médico de família. Ela é feita por uma equipe multiprofissional que acompanha e conhece o paciente, sabe sua história clínica e trabalha em conjunto;, afirma Gustavo.
De acordo com ele, a ideia é que o paciente não precise buscar várias especialidades diferentes ou ir tão frequentemente ao pronto-socorro. ;Em vez de ir em um médico para tratar o coração, em outro pra tratar o fígado, em outro pra tratar o intestino, a Atenção Primária à Saúde permite que o paciente seja acompanhado e possa ser tratado por um clínico geral, e somente se necessário, encaminhado a um especialista;.
A proposta de implementação do modelo de Atenção Primária à Saúde envolve uma mudança de postura dos pacientes, que deverão diminuir a frequência de idas aos pronto-socorros, procurar médicos que conheçam o histórico clínico ou responsabilizar-se por guardar os prontuários.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou um programa de Atenção Primária À Saúde e uma certificação de Boas Práticas em Atenção Primária À Saúde, e busca incentivar as operadoras a investir neste tipo de modelo.