Agência Estado
postado em 26/04/2019 15:20
Parte dos funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) do Rio está em greve desde o início da manhã desta sexta-feira, 26. A paralisação atinge diversos pontos da cidade. Em Laranjeiras e Copacabana, dois bairros da zona sul, os garis que tentam trabalhar estão sendo impedido por colegas.
Os trabalhadores da Comlurb pedem 10% de aumento salarial, adicional de insalubridade para agentes de preparação de comida, vigias e auxiliares de serviços gerais. A companhia ofereceu 4% de aumento, alegando que o índice está acima da inflação acumulada no ano.
Em nota, a Comlurb informou que menos de 20% dos garis aderiram à greve, e que a companhia "atendeu todas as reivindicações da categoria", incluindo abono de falta do dia de greve realizado no último dia 22.
Ainda segundo a Comlurb, o Sindicato dos Empregadores de Empresas de Asseio e Conservação do Rio (Siemaco-Rio), que representa a categoria, "está desrespeitando o prazo legal previsto na Lei de Greve, que exige que paralisação em serviços essenciais precise ser avisada à população com 72 horas de antecedência". Apesar disso, a companhia informou que iniciou o plano de contingência para garantir a manutenção dos serviços em toda a cidade.
A Comlurb também se defendeu, dizendo que "oferece a melhor cesta de benefícios da categoria no País, incluindo planos de saúde e odontológico extensivos aos dependentes, auxílio-creche, entre outros. Só o vale refeição é o mais alto pago por toda a Prefeitura do Rio. Pela nova proposta, chegaria a R$ 738,40". A companhia declarou ainda que "a remuneração básica de um gari é de R$ 2.560, incluindo salário referência, insalubridade, anuênio e horas extras. O salário de um gari líder de coleta pode alcançar até R$ 5 mil. São valores que nenhuma outra cidade do País paga".
A reportagem tentou contato com o Siemaco-Rio, mas não obteve retorno até o início da tarde.