Internado desde março no Instituto de Neurologia de Goiânia, o médium João de Deus teve prorrogada por mais 30 dias a sua permanência no hospital pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Nefi Cordeiro. Em decisão dessa quinta (2/5), o ministro considerou laudo médico que indica que o médium ainda "não possui condições clínicas de receber alta hospitalar".
[SAIBAMAIS]
As informações foram divulgadas no site do STJ. Acusado de abuso sexual de mais de 500 mulheres, João de Deus ficou no presídio entre dezembro de 2018 e março deste ano, quando o próprio ministro Nefi autorizou a transferência para o hospital.
Em abril, "por causa da piora do estado de saúde do médium", o ministro já havia autorizado a prorrogação do prazo de internação por dez dias.
Como na primeira decisão, Nefi determinou que, durante o novo prazo de internação, "os médicos informem sobre o estado clínico do paciente e a previsão de alta".
Pagamentos
Na mesma decisão, o ministro negou um pedido do hospital neurológico para que fosse determinado ao médium ou aos responsáveis pela administração de seu patrimônio o pagamento dos valores referentes à internação que não sejam cobertos pelo plano de saúde.
Segundo Nefi Cordeiro, "a questão relativa aos pagamentos deve ser resolvida entre o instituto e o paciente, não sendo o habeas corpus o meio adequado para a solução desse tipo de litígio".
O ministro destacou que "cabe ao hospital informar sobre a impossibilidade de manter o paciente em razão das pendências financeiras".