O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, voltou a negar que haverá cancelamento do contingenciamento no Ministério da Educação, na manhã desta quarta-feira (15/5). Segundo ele, houve "uma confusão" entre os parlamentares sobre o que é contingenciamento e o que é corte.
[SAIBAMAIS]
"Não, não vai haver recuo. Houve uma confusão entre o que é contingenciamento e o que é corte", disse Onyx em coletiva de imprensa.
Ele ponderou que é "natural" e "até desejável" que os parlamentares "lutem por suas universidades".
"O contingenciamento é guardar, é poupar. É como o pai que tem um salário e sabe que tem que comprar o vestido de 15 anos da filha em outubro, mas está em maio. Aí ele vê o que está entrando e o que está gastando e pensa ;pode ser que não dê;. Então ele contingencia, protege o seu gasto. Isso é uma atividade responsável, é o que o governo está fazendo", defendeu o ministro.
Na terça, líderes partidários disseram que o presidente Jair Bolsonaro ligou para o ministro Abraham Weintraub na frente deles para suspender o contingenciamento nas universidades. A informação gerou confusão e teve que ser desmentida posteriormente pelo MEC, pela Casa Civil e pelo Planalto.
Onyx negou que a discussão entre parlamentares sobre um eventual recuo do presidente nos cortes de verbas no MEC possa atrapalhar a tramitação da reforma. "Não. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa", disse.
Armadilhas
O ministro da Casa Civil afirmou que o governo do ex-presidente Michel Temer deixou "uma série de pequenas armadilhas" no orçamento para atrapalhar a atual gestão. Ele admitiu que o governo do presidente Jair Bolsonaro não vive "num mar de rosas" no momento.
"Temos a dificuldade de que, no primeiro ano do nosso governo, o orçamento é feito pelo governo que saiu. E ali tinha uma série de pequenas armadilhas para desgastar o atual governo", disse ele.
Segundo Onyx, o governo Jair Bolsonaro "foi competente", conseguiu "driblar" as supostas armadilhas, mas "isso não quer dizer que a gente viva num mar de rosas".
Em seguida, o ministro passou a criticar as gestões anteriores ao governo de Temer. "O PT fez força para destruir o Brasil. Não é razoável que o PT por 20 anos destruiu o Brasil e a gente seja cobrado em 4 meses", reclamou.