Brasil

O mundo lá fora

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 26/05/2019 04:06
O interior da nova estação

Há um silêncio profundo, cortado apenas pelo som das rajadas de vento. O ecossistema é frágil e sensível. Se Deus criou o mundo em seis dias, a Antártica deve ter sido feita no primeiro, tal sua pureza. Tudo é extremamente primitivo. Beleza sem parâmetros. Do alto da montanha onde estão erguidas as sete cruzes dos que pereceram na estação, vê-se à esquerda da EACF um esqueleto de baleia, lembrança triste da indústria baleeira que prosperou na região no século 20.


Moradores vizinhos mais ativos, os pinguins dominam a região, mesmo movimentada por humanos ultimamente. Comem e se divertem na Baía do Almirantado. Há também focas, orcas e baleias nesse delicado e harmonizado bioma. Entre as recomendações para os visitantes e trabalhadores da estação, está: ;Cuidado onde pisa!” Musgos e líquens resistem ao frio intenso e nascem em solo antártico nesta época do ano. O Ibama fiscaliza com rigor o impacto ambiental da presença humana na região, não admite exageros.




Pelo menos 45 espécies de aves vivem na área que abrange Antártica, mas apenas três se reproduzem no continente gelado: o pinguim imperador, o petrel antártico e a skua polar. É o continente mais frio, mais seco e com maior frequência de vento do planeta, que chega facilmente a 200km/h. A temperatura média chega a -60;C. Ufa! Ainda bem que é verão, -3 a 5;C. Das mais de 20 mil espécies de peixes conhecidas, apenas cerca de 100 vivem nas águas geladas onde está localizado, na área mais austral da Terra. Os mamíferos nativos são todos marinhos, como focas, golfinhos, orcas e baleias.



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