Agência Estado
postado em 28/05/2019 11:43
A Vale informou nesta terça-feira (28), por meio de nota, que está adotando todas as medidas preventivas para "qualquer cenário" em Barão de Cocais (MG) e que as últimas análises da movimentação do talude norte na cava da mina de Gongo Soco apontam para a maior probabilidade de um deslizamento do material para dentro da cava. De acordo com a mineradora, esta hipótese diminui a possibilidade de impacto na barragem Sul Superior.
"Hoje temos mais elementos de análise sobre o comportamento do maciço, nos mostrando que está acontecendo um deslizamento para o fundo da cava. Com isso, há uma grande possibilidade do talude se acomodar dentro da cava, sem maiores consequências", disse o diretor de Operações da Vale, Marcelo Barros, em comunicado.
Pela manhã, a Agência Nacional de Mineração (ANM) informou que a velocidade da movimentação do talude norte da mina de Gongo Soco em Barão de Cocais (MG) registrou, às 8h, aumento para 19,5 centímetros por dia, ante 18 centímetros na medição anterior, feita na segunda-feira. Em alguns pontos isolados a movimentação avançou para 23,9 centímetros ao dia.
De acordo com a empresa, mesmo que não haja ruptura com a queda do talude, a barragem Sul Superior permanece no nível 3. Por isso, a Vale e as autoridades estão realizando simulações e preparando a comunidade para todos os cenários.
A Vale informou ainda que não irá fazer obras na cava, para garantir a segurança de moradores e para evitar ter pessoas trabalhando no local, mas que as obras de contenção continuam. "A maior das obras é a construção de uma espécie de bacia que, no caso extremo de rompimento da barragem, ajudaria a reter parte dos rejeitos de minério", explicou a mineradora. Como medida de contenção, também estão sendo colocadas telas e blocos de granito para diminuir a velocidade do rejeito.