Guilherme Paranaiba /Estado de Minas
postado em 29/05/2019 15:18
A movimentação do talude que corre o risco de deslizar a qualquer momento na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais, produziu trincas que são facilmente visíveis a olho nu e indicam o tamanho da movimentação do maciço.
Essa situação ficou constatada por um vídeo gravado na segunda-feira (27/5), em que o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, mostra as trincas durante sobrevoo pela região da mina. Segundo a secretaria, Vieira acompanhou diligência realizada por cinco deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, sobre o rompimento da Barragem de Brumadinho.
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[SAIBAMAIS]De acordo com a secretaria, a pasta "vem fazendo as determinações necessárias à Vale e a empresa continua realizando o monitoramento do local. Serão mantidas, até segunda ordem, todas as ações de emergência definidas pela Defesa Civil", informou a Semad em nota.
Os últimos dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) apontam para uma velocidade de deformação na porção inferior do talude norte de 21,9 centímetros por dia. Em pontos isolados já ficou constatada movimentação de 26,5 centímetros por dia. O principal risco é que um deslizamento ou escorregamento desse talude gere um gatilho para rompimento da Barragem Sul Superior, que reserva rejeitos da mina.
Todas as pessoas residentes da chamada zona de autossalvamento já foram removidas de suas casas e a população de Barão de Cocais passou por simulado de rompimento de barragem, para saber como agir em caso de algum problema no reservatório que fica a 1,5 quilômetro de onde está a cava da Mina de Gongo Soco.