Brasil

Após massacres em presídios, agentes federais chegam ao Amazonas

Servidores são especializados em intervenções de risco e retomada de controle de unidades penitenciárias

Isa Stacciarini
postado em 29/05/2019 18:29
15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na capital amazonense, foram assassinados em uma briga
Na tentativa de neutralizar o massacre nos presídios de Manaus, 100 agentes federais de execução penal e de agentes de atividades penitenciárias de várias unidades da federação desembarcaram no fim da tarde desta quarta-feira (29/5) para o estado de Amazonas. A decisão é do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e é operacionalizada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Os servidores são especializados em intervenções de risco e retomada de controle de unidades penitenciárias. O objetivo é restabelecer a normalidade onde as mortes aconteceram: Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1)

O massacre começou no domingo por causa da disputa de poder entre os líderes da facção Família do Norte. Até domingo, 55 presos tinham sido exterminados. As mortes ocorreram por asfixia e perfuração de escova de dente. Por falta de espaço, a maioria dos corpos chegou a ser colocada em um caminhão frigorífico alugado pelo governo de Amazonas. Cerca de 200 presos ameaçados de morte foram separados dos demais e as visitas suspensas.

Na terça-feira, o Depen abriu 20 vagas nos cinco presídios de segurança máxima em Brasília, Mossoró (RN), Catanduvas (PR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS). Na mesma noite, nove foram transferidos de Manaus para a Penitenciária Federal em Brasília. Seis devem ser transferidos nos próximos dias e três permanecerão na capital.

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