Brasil

Barão de Cocais: placa que se desprendeu de talude tinha 600 m²

Informação foi repassada por geotécnicos da Vale ao major Marcos Pereira, que comanda as operações na cidade da Região Central do estado

Gabriel Ronan/Estado de Minas
postado em 31/05/2019 19:37
mina do gongo soco
A pequena porção do talude norte da Mina de Gongo Soco, que se desprendeu na madrugada desta sexta-feira (31/5) em Barão de Cocais, na Região Central do estado, tinha 600 m;, de acordo com informações de geotécnicos da Vale repassadas ao major Marcos Pereira, comandante das operações na cidade. Segundo a empresa, a porção tinha 20 metros de largura e 30 metros de altura.

O fato aconteceu por volta das 5h. e não abalou a Barragem Sul Superior, situada no mesmo complexo minerário e em iminente risco de rompimento desde 22 de março.

[SAIBAMAIS];Esses blocos se acomodaram no fundo da cava. As primeiras avaliações indicam que o material está deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências;, informou a Vale, por meio de nota.

A mineradora ressalta que tanto a cava quanto a barragem, com distância de 1,5 quilômetro uma da outra, são monitoradas de forma remota 24 horas por dia por drone, um radar e uma estação robótica. Esses dois últimos são capazes de detectar movimentações milimétricas, segundo a Vale.

;Foi um desprendimento de uma parte insignificante, segundo o empreendedor, que caiu dentro da cava e ali ele foi acondicionado e não trouxe nenhuma característica de gatilho ou possível tremor que viesse a ter consequências na Barragem Sul Superior;, destacou o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador-adjunto da Defesa Civil estadual.

Segundo ele, o fato não altera os trabalhos da Defesa Civil nos próximos dias. ;As ações continuam de monitorar, de acompanhar cada situação, já era previsto que esse talude poderia romper na sua totalidade ou partes dele e isso vem concretizando a cada dia que aumenta a velocidade desse deslocamento;, pontuou o militar.

De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o cenário mais provável é que ocorra um deslizamento com assentamento gradual do talude no fundo da cava da mineração, o que pode preservar a barragem. A cava, que é o local de onde se extraiu o minério, tem cerca de 110 metros de profundidade, sendo que a água acumulada dos lençóis freáticos e chuva está ao nível de 50 metros.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação