postado em 11/06/2019 04:14
Um grave acidente envolvendo um ônibus e pelo menos três carros deixou 10 mortos, domingo à noite, na Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), em Campos do Jordão. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o motorista do ônibus, que pertence à empresa Brasil Santana, teria perdido o controle do coletivo, que tinha mais de 40 passageiros a bordo, e colidiu com os veículos antes de capotar. A causa do acidente ainda é incerta.
Além dos óbitos, outras 51 pessoas ficaram feridas. O resgate foi acionado às 21h38 e envolveu 17 viaturas entre Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária e Polícia Militar, e deixou as duas faixas da via interditadas. Os feridos com maior gravidade foram encaminhados para o Hospital Regional de Taubaté, enquanto os demais foram para a Santa Casa de Pindamonhangaba. As vítimas fatais foram levadas para o IML de Taubaté.
Seis vítimas foram reconhecidas após o acidente: o auxiliar administrativo Yago Mange, 25 anos, a vendedora de cosméticos Jaqueline Rodrigues Fernandes, 26, Luísa Aparecida, 32, e a filha Júlia dos Santos, 3. Todos eram de Cubatão. Além delas, o contador Josiel Dourado, 33, e a filha Manoela Maciel, 4, que estavam em um dos carros atingidos pelo coletivo, também já foram reconhecidos por parentes.
Osvaldi dos Santos, 35, perdeu no acidente a esposa Luzia Aparecida de Alencar, 33, e a filha Júlia dos Santos, 3 anos e meio. Ele disse que a família planejou a viagem há dois meses e que estavam muito felizes com o passeio. ;A gente estava muito feliz ontem. Meu Deus do céu! O que vou fazer da minha vida agora? Perdi minha filha e minha esposa de uma vez só. Quero a minha família de volta;, lamentou.
Passageiros que estavam no ônibus contam que o veículo ficou desgovernado. ;Foi tudo muito rápido. O ônibus estava em alta velocidade, tombou e saiu arrastando os carros;, disse João Carlos Rodrigues, 53, que estava com a esposa Ediluzia dos Santos, 48. Rodrigues recebeu alta médica. A esposa continua internada em Taubaté.
A auxiliar de serviços gerais Maria Cícera Vieira da Silva, 49, foi reconhecer o corpo do marido, o motorista Ivan Francisco da Silva, 42. Era ele quem dirigia o ônibus. Maria contou que o marido havia saído de casa por volta das 6h e que ele não era funcionário registrado da empresa do ônibus. ;Ele fazia um bico. Tinha arrumado um emprego fichado em uma empresa da Petrobras em Cubatão. Mas já tinha combinado (com a empresa de ônibus), e não quis deixá-los na mão;, contou.