Brasil

PF busca líderes de contrabando de cigarros do Paraguai

80 policiais federais participam da operação. Cerca de 20 mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos

Agência Estado
postado em 11/06/2019 16:29
80 policiais federais participam da operação. Cerca de 20 mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça (11/6), a Operação Contorno Norte, para prender líderes de uma organização criminosa que contrabandeava cigarros oriundos do Paraguai.

[SAIBAMAIS] Cerca de 80 policiais federais cumprem 20 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão. As ações são realizadas nas cidades de Nova Esperança, Guaíra, Umuarama, Alto Paraíso, no Paraná, e no município Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.

A Justiça determinou ainda o bloqueio de contas bancárias, o sequestro de bens imóveis e a apreensão de veículos relacionados aos investigados.

A apuração da PF teve início em maio de 2016, após um acidente no Contorno Norte de Maringá envolvendo uma carreta de cigarros contrabandeados e um veículo onde estavam um casal e uma criança. A mulher morreu na colisão.

A investigação identificou a organização criminosa responsável pelo transporte da carga contrabandeada e constatou que os cigarros chegavam ao Brasil a partir de Salto Del Guairá, no Paraguai.

O grupo contava com uma rede de funcionários, olheiros, barqueiros, carregadores e motoristas para as operações de contrabando, diz a PF. Desde 2016 a Polícia Federal prendeu 204 membros da organização criminosa, realizou 130 flagrantes de contrabando e apreendeu 156 caminhões e 60 veículos utilizados nos crimes.

Parte das carretas utilizada nos transportes havia sido furtada ou roubada e as placas dos veículos foram clonadas, indicou a Polícia Federal.

Com relação aos produtos, em três anos de investigação foram apreendidos 105 mil caixas de cigarros, o equivalente a 52 milhões de maços.

"As mercadorias foram avaliadas em R$ 250 milhões pela Receita Federal, gerando aproximadamente R$ 360 milhões em tributos e multas", informou a PF. A investigação apurou ainda que o grupo utilizou 6.700 linhas telefônicas cadastradas em nome de terceiros para praticar o contrabando.

Os presos responderão pelos crimes de organização criminosa, contrabando, receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, falsidade ideológica e corrupção ativa, indica a PF. Os investigados podem ser acusados ainda por homicídio culposo, lesão corporal culposa, abandono do local do acidente e favorecimento pessoal, com relação ao acidente que deu início à investigação.

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