Brasil

Consumo de água no DF está no patamar de antes do racionamento, diz Adasa

O presidente da agência, Paulo Salles, pede que população de Brasília trate água com respeito e responsabilidade para evitar nova crise na capital federal

Augusto Fernandes
postado em 13/06/2019 09:59
Paulo Salles, diretor-presidente da ADASANa abertura do Seminário Segurança Hídrica, realizado pelo Correio Braziliense nesta quinta-feira (13/6), o presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Paulo Salles, demonstrou preocupação quanto ao nível de consumo de água no DF nos quatro primeiros meses deste ano.
Segundo estudo do órgão, em comparação ao mesmo período de 2018, o volume de água utilizado pela população brasiliense subiu 10% e atingiu o mesmo patamar do primeiro quadrimestre de 2016. Daquele período em diante, Brasília mergulhou em uma crise hídrica - com os reservatórios que abastecem a capital atingindo os menores níveis da história -, que culminou com um racionamento que durou 513 dias, entre janeiro de 2017 e junho de 2018.

"Isso é preocupante. Onde ficaram as boas atitudes que aprendemos durante o racionamento? Cadê a consciência de reaproveitarmos água, para não desperdiçar? Essas coisas não podem ser esquecidas. Vamos bater nessa tecla da para voltar aos padrões de uso que tivemos durante a crise, para que o consumo seja consciente e racional. Atitudes assim nos ajudam a ter segurança hídrica, conceito que vai além de contarmos com reservatórios cheios", disse Salles.

Desde 19 de maio deste ano, tanto a Bacia do Descoberto quanto o Reservatório de Santa Maria operam com 100% do seu volume útil. Justamente por isso, Salles pede que os brasilienses não usem água de forma desregrada.

"Para atingir a segurança hídrica, temos de poupar nos momentos de abundância. É necessário mudar o comportamento para que possamos viver tratando a água sempre com o máximo de respeito e responsabilidade", alertou. "Cabe à sociedade como um todo estarmos alertas e preparados pra eventuais retornos de crises hídricas, que são uma realidade no mundo inteiro", completou o presidente da Adasa.

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