Brasil

Mortes por chicungunha, dengue e zika triplicam

postado em 28/06/2019 04:04



Pelo menos 410 pessoas morreram até a primeira quinzena de junho depois de contrair dengue, zika ou chicungunha, todas doenças transmitidas pela picada do Aedes aegypti. Neste ano, foram duas mortes provocadas por zika, 20 por chikungunya e 388 por dengue.

O número é quase três vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 151 pessoas não resistiram às complicações provocadas pelas infecções. A exemplo do número de mortes, avançam no país os registros de casos das três doenças. Até o dia 15, foi contabilizado 1,192 milhão de casos prováveis de dengue, 6,7 vezes mais do que no mesmo período do ano passado No caso da chicungunha, o aumento foi de 11,9% no período. Até agora, foram 71.079 casos. A zika seguiu a mesma tendência. Foram 7.530 casos, um aumento de 28% em relação a 2018.

Vários estados do país registram epidemia de dengue. Em Minas Gerais, a relação é de 1.901 casos a cada 100 mil habitantes. Em Goiás, a proporção é de 1.294,7 a cada 100 mil, seguido pelo Espírito Santo (1.038 casos por 100 mil) e por Tocantins (990,5 casos/100 mil). Os números também despertam preocupação em São Paulo (854,1 casos/100 mil), Distrito Federal (808,7 casos/100 mil) e Acre (565 casos/100 mil).

A chicungunha, por sua vez, afeta sobretudo o Sudeste e Norte. Os maiores registros são no Rio de Janeiro, com 291,7 casos a cada 100 mil habitantes, Rio Grande do Norte (82,4 casos/100 mil) e Pará (37 casos/100 mil). O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber, afirmou haver um risco de que a tendência de aumento de casos da doença se repita no próximo ano, daí a necessidade de se reforçar medidas de prevenção.

Ao apresentar os números, o Ministério da Saúde afirmou que as ações de combate ao mosquito são permanentes e tratadas como prioridade. Este ano, no entanto, houve falta de inseticida usado no fumacê. Cerca de 323 mil litros de malathion comprado por meio da Organização Pan-Americana de Saúde perderam a validade e não podem ser usados. Além disso, 80 mil litros que se encontram nos estoques dos estados, também vencidos, aos poucos estão sendo substituídos.

Em reunião ontem com representantes de secretários estaduais e municipais de saúde, o secretário afirmou que as trocas são realizadas apenas de produtos que já estão vencidos. Não serão fornecidos produtos para unidades que já estão com estoques reduzidos, mas com prazo ainda válido. Novas remessas, completou, serão feitas apenas com inseticidas adquiridos em novas compras.




Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação