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Minas tem a primeira morte por chikungunya em 2019; dengue já matou 117

O paciente que morreu ao contrair a febre chikungunya era morador de Patos de Minas, na Região do Alto Paranaiba. Casos prováveis de dengue já ultrapassam 447,9 mil

João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 16/07/2019 16:56
Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti apresentam alta em 2019

As mortes por dengue em Minas Gerais em 2019 seguem aumentando. Já são 117 pacientes que não resistiram aos sintomas da doença. Em uma semana, mais 10 óbitos foram confirmados, depois que os resultados de exames e estudos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) ficaram prontos. Com isso, não significa que eles aconteceram neste período. A situação pode ser ainda pior, pois ainda estão sendo investigadas 126 mortes. Os casos prováveis ; que englobam os suspeitos e confirmados ; já ultrapassam 447,9 mil registros. Uma morte por chikungunya foi confirmada.

Os dados do boletim epidemilógico da doença foram divulgados nesta terça-feira pela SES. Eles mostram como a epidemia de dengue foi devastadora. Este ano já é o segundo da história com o maior número de mortes em decorrência da enfermidade, atrás apenas de 2016, quando tivemos 208 óbitos.

Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segue na liderança negativa com o maior número de óbitos registrados neste ano. Foram 18 no total. Seguida da capital mineira, que tem 17 registros. Uberlândia, no Triângulo Mineiro, vem na terceira posição com 16 mortes, seguida de Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 10.

Também registraram óbitos provocados pela dengue: Araguari (1), Arcos (1), Bertópolis (1), Campos Gerais (1), Contagem (4), Curvelo (1), Estrela do Sul (1), Frutal (2), Guaranésia (1), Guarani (1), Ibiá (1), Ibirité (2), Ituiutaba (1), Jaboticatubas (1), João Monlevade (2), João Pinheiro (5), Lagoa da Prata (1), Martinho Campos (1), Monte Carmelo (1), Paracatu (1), Passos (2), Patos de Minas (4), Patrocínio (2), Pitangui (1), Pompéu (1), Ribeirão das Neves (2), Rio Paranaíba (2), Sacramento (1), São Gonçalo do Pará (1), São Gotardo (2), Sete Lagoas (1), Uberaba (2), Unaí (2), Varzelândia (2) e Vazante (2).

Segunda pior epidemia

Mesmo a doença apresentando desaceleração nos últimos meses, os números colocam 2019 como um dos piores anos da enfermidade. Já são 447.920 casos prováveis registrados. O número coloca este ano como a segunda pior epidemia já registrada em Minas Gerais. Atrás apenas de 2016, quando houve 517.830 notificações. Em uma semana, a alta foi de 9.254 novos registros de casos de infecção pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Outras doenças

O boletim da SES/MG também traz dados da ocorrência de outras enfermidades no estado. Foi confirmada a primeira morte por febre chikungunya em 2019. O paciente era morador de Patos de Minas, na Região do Alto Paranaiba. Em 2018, foram dois óbitos em decorrência da doença. Já em 2017, quando estado teve as primeiras mortes por chikungunya, foram 15 óbitos.

Foram registrados 2.637 casos prováveis da febre chikungunya, sendo que 78 são de gestantes. Sete deles foram confirmados em laboratório até o momento. Minas registrou 1.017 casos de zika, dos quais 350 em gestantes.

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