postado em 19/07/2019 04:04
Doze pessoas foram denunciadas pela força-tarefa Greenfield por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro envolvendo o Fundo de Pensão dos Correios, Postalis. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os crimes ocorreram entre 2010 e 2011, durante a operação de aquisição, pelo Postalis, de títulos imobiliários oferecidos pela empresa JHSF Participações e pelo Banco Cruzeiro do Sul.
As investigações apontaram que, durante a negociação, houve pagamento de propina de, no mínimo, R$ 2,7 milhões a Alexej Predtechensky, ex-presidente do fundo; Ricardo Oliveira, ex-diretor financeiro; Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor executivo e Nelson Luiz de Oliveira, então diretor dos Correios.
Os valores, que corrigidos ultrapassam R$ 4 milhões, eram lavados por meio de simulação de importações de empresas de fachada, serviços de consultoria prestados por escritório de advocacia e doação à instituição religiosa, informou o MPF.
Conforme a denúncia, Alexandre Romano, apontado como operador das propinas pagas a Nelson, teria intermediado a aproximação da diretoria dos Correios e do Postalis com Paulo Gazani, dono de empresa contratada para prestar serviços de assessoria financeira. Gazani, então ,teria aceitado pagar vantagem indevida aos funcionários públicos do Postalis e dos Correios para conseguir a aprovação de compra de debêntures da empresa JHSF e do Fundo Verax, gerido pelo Banco Cruzeiro do Sul. A denúncia aguarda o recebimento pela Justiça Federal.
Além da condenação dos acusados, a força-tarefa Greenfield pede uma indenização no valor correspondente a 10 vezes o montante recebido a título de propina, de forma suficiente para reparação dos danos materiais, morais e sociais causados.