Será ouvido nesta sexta-feira (2/8) no Fórum Lafayette, no Barro Preto, em Belo Horizonte, o microempresário Paulo Henrique da Rocha, de 33 anos, preso por suspeita dos assassinatos da ex-mulher, Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e o filho dela, Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22. Eles foram mortos a tiros no meio da rua chegavam em casa no Bairro Ipiranga, Região Nordeste da capital, na noite de 29 de julho.
[SAIBAMAIS] Segundo a assessoria de imprensa do Fórum, trata-se e uma audiência da fase de custódia. O depoimento previsto para a tarde não vai abordar os assassinatos, mas o porte de arma. Ao ser preso na região do Barro Preto no dia 31, perto da sede da primeira instância judicial da capital, ele estava com uma pistola calibre 9 milímetros de fabricação israelense.
Na mesma tarde em que Paulo Henrique foi preso, Tereza e Gabriel eram sepultados no Cemitério da Paz, Região Norte de Belo Horizonte. Amigos levaram um balão em formato de coração como forma de demonstrar o amor à família. ;Gabriel, te amamos; foi a mensagem que subiu ao céu com aplausos e dizeres de ;vai com Deus;. À beira do caixão e cheia de tristeza, a mãe de Tereza deixou um recado. ;Falem todos os dias que vocês amam seus familiares. Porque quando eles vão embora só fica o vazio. Ela sempre dizia pra mim: ;Mamãe, eu te amo;, era a coisa que eu mais gostava de ouvir;, disse Maria Solange Peres de Oliveira.
Mãe e filho foram assassinados por volta das 22h, próximo à Avenida Bernardo Vasconcelos, no Bairro Ipiranga, Região Nordeste de BH. Eles tinham acabado de sair de uma academia quando foram surpreendidos e baleados. Imagens de uma câmera de segurança da região mostram o momento em que o assassino atira contra as vítimas. Ele usava uma blusa escura de capuz e fugiu em um veículo sedã preto. Tereza foi atingida por quatro tiros ; três no peito e um na cabeça. Já o filho dela morreu com um tiro no ouvido.
Logo depois que Paulo foi preso, o advogado dele, Leonardo Mouro, afirmou que o cliente tem problemas psiquiátricos e deve se manter no direito de ficar calado nos depoimentos. ;Ele, por enquanto, não vai falar sobre o mérito. Mesmo porque ele tem alguns problemas psiquiátricos. Estava em tratamento desde o início do ano, fazendo uso de medicamentos psicotrópicos. O laudo está sendo encaminhado para o inquérito;, comentou no dia 31.
Por outro lado, a Polícia Civil indica que o crime foi planejado. Sabedor da rotina da ex-mulher, o microempresário a aguardou por horas próximo a academia localizada na Avenida Bernardo Vasconcelos. Quando ela se aproximou, na companhia do filho, matou Gabriel com um tiro na cabeça, e, em seguida, Tereza com vários tiros.
;Ele chegou cinco horas antes ao local do crime. O autor estava na esquina esperando as vítimas se aproximarem. Quando isso aconteceu, executou friamente;, disse a delegada Ingrid Estevam em coletiva de imprensa horas depois da prisão. Segundo a delegada, a premeditação já vinha ocorrendo há um tempo, pois Paulo estava vendendo alguns pertences na Internet. ;O que demonstra que ele planejou o crime e planejava uma fuga, até mesmo para outro estado, é a venda de móveis, televisão, eletrodomésticos, todas pelas redes sociais. Ele estava anunciando tudo e vendendo há um bom tempo. Então, planejou tudo, compareceu ao local, porque sabia da rotina da vítima;, comentou.