Brasil

Enquanto o futuro não chega

Medidas práticas e relativamente baratas podem reduzir os problemas sociais e ambientais gerados pelo trânsito caótico nos grandes centros

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 03/08/2019 04:05
Fernanda Gonçalves passa mais de três horas por dia dentro de ônibus superlotados para ir e voltar do trabalho

Há um país em busca de um futuro que nunca chega. As deficiências são graves e a carência de políticas públicas, tão assustadora que, por vezes, soluções práticas, de curto prazo e sem custos maiores, são esquecidas. É como se ações governamentais e da sociedade, a partir da própria conscientização, só pudessem ser implementadas mediante grandes esforços e orçamentos. O setor de transportes é um exemplo de que, sem grandes mágicas ou mesmo projetos de longo curso, é possível aumentar a eficiência energética, reduzir a emissão de poluentes e minimizar os engarrafamentos nos grandes centros urbanos.

Enquanto o futuro não chega com veículos que não poluem e transportes públicos de excelência, é possível adotar algumas medidas para melhorar a vida da população. A partir de entrevistas com usuários, acadêmicos, motoristas e empresários ; e da leitura de teses e relatórios ;, o Correio fez uma lista de 10 ações básicas para se trabalhar a partir de conceitos de eficiência energética.

Medidas com aplicação de curto e médio prazo não solucionam todos os problemas do setor de transporte, mas representam avanços e alternativas. Entre as principais ações citadas por especialistas estão o investimento no uso de biocombustíveis, a diversificação de modais de transportes, a redução do número de carros nas ruas, o maior incentivo ao uso do transporte coletivo, a direção mais consciente, a eletrificação das frotas, o aprimoramento da tecnologia veicular, o investimento no sistema de trânsito, a conscientização de motoristas e pedestres e a aposta no hidrogênio como combustível.

Os desafios e problemas a serem enfrentados na mobilidade urbana e no transporte de passageiros são grandes. O investimento necessário para saná-los é alto, mas com pequenos passos e medidas simples, é possível melhorar os impactos ambientais dos transportes e atender de forma mais eficiente a demanda por deslocamento.

* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

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